sábado, 31 de dezembro de 2011

...Sorrio...

Agora que não estás acredito...
Num pequeno coração que deixou de sentir...
E de uma voz meiga que deixei de ouvir...
De uma luz que se apagou...
E de um labirinto pintado de arco íris onde me perdi...
Sei que a lua guardou do mundo o nosso segredo...
Sei do frio das lágrimas que atravessam meu rosto...
E da loucura de estar só todos os dias...
Disse-me sorri...sorri sempre...e sorrio...
Do vento que brinca com os cabelos pintados de azul
Da lua que ilumina de prata o meu quarto
E das estrelas que me piscam o olho
Sorrio do beijo desencontrado e perdido
E da ternura do salto alto no pezito da Maria
Sorrio do branco amanhecer frio e molhado
Do Sol, atrevido e meigo que se esgueira por entre nuvens em desalinho
Da música que me toca e me faz dançar
E da espuma com que a areia da praia teima em brincar
Sorrio do riacho franzino mas traquina que trepa por pedras e raízes
Como se tivesse a força do vento e o tamanho do mar...
Sorrio da ternura com que o girassol procura o sol
E das Acácias que embriagam num feitiço a Primavera do desejo
Sorrio ao teu abraço cheio de tudo e às minhas mãos cheias de nada
Sorrio...
Sorrio assim enquanto espero pelo teu sorriso...





Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...