terça-feira, 16 de novembro de 2010

Maculo...

Caminho deambulando num labirinto que parece não ter fim, atrevo-me e sei que não sou mais a mesma, o tempo já vai a mais de meio e tudo o que não foi já não vai ser, avistei um lugar onde me posso aninhar no teu colo em segredo, agora as decisões são adiadas, como sempre foram, esta é a única coisa que não mudou, os passos mais distantes de tudo tornam-se pesados, incrédulos, sem medo ou receio continuam numa vontade simulada de desejo aparente de ser verdade, falo em vão já ninguém ouve, ninguém sequer vê, os olhares perdem-se agora entre umbigos de elites eleitas por sufrágio directo...
Serena questiono-me agora onde ecoam as vozes que me fazem sentido, onde se perdem os abraços que um dia achei serem meus, onde moram agora as emoções pintadas de mil cores em cada desencontro desenhado de encontro, prisioneira do sentir, amargo veneno que a vida impõe, experimento-me sentir e deixo-me perceber impassível, indiferente este existir esculpido num vazio que me protege de mim, o tempo inflige demorada a sua decisão de me ter aqui, insensatez a sua que só agrava a minha pena ...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010


Quando o vento se esconde entre a folhagem que o vento baloiça...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Sossegar

Esconde-se sereno por detrás da serra
Enquanto espero por mim
O vento frio acaricia-me o cabelo
Voam ingénuos numa brincadeira de
Esconde esconde com a ventania
Beija-me o rosto já sem afago
Incendeia-me a alma a tua ausência
Sigo um raio de luz deixado pelo crepúsculo
Esperando que me indique o caminho
Aquele que por mais que procure não encontro
E quando já nada faz sentido...
Quando respiras porque não sabes como deixar de o fazer...
Perdes-te no meio de um lago parado sem corrente
Cessam os sentidos e adormecem os pensamentos
Calam as vozes que sabem o meu nome
E a tua presença sumiu-se
Extingue-se assim o eu em mim...

Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...