quarta-feira, 30 de julho de 2008

Chegou, Serena...




Soltei as amarras,
Que me prendem e me impedem de viver,
Abri os olhos e sorri, para ti...
Vida, que me devolve a cada instante a oportunidade,
Me dá um beijo em cada manhã, sempre com aquele brilho nos olhos,
De quem ama e deseja, a cada novo dia cruzar-se comigo...
Empurra-me, quando quero parar, dá-me a mão e caminha a meu lado,
Percebo agora porque me escolheste, a mim,
A mim que nada tenho, e tudo me dás,
O que me deste, já não é meu, estava escrito,
A mim cabe-me o papel, de o devolver ao mundo...
Sim escolheste-me para sorrir, para dar o meu sorriso...
Sorriste para mim, ensinaste-me a sorrir, deste-me o teu sorriso,
Vivo, agora sorrio finalmente para ti...
Um sorriso, um sorriso apenas, e tu sorris para mim...
Encontrei um motivo para viver, sorrir...
E uma razão para sorrir, viver, só e unicamente viver...
Devolves-me o sorriso ao anoitecer, quando serenamente
Te aproximas e segredas ao meu ouvido:
Deixo-te a lua como confidente, e
As estrelas como companheiras, em cada uma delas um sonho...
Amanhã ao primeiro raio de luz, sorri...
Eu estarei Aqui...
Nini, é para ti ...



N

terça-feira, 29 de julho de 2008

MAR REVOLTO


Pergunto a mim mesma, em cada momento,
A razão de cada encontro, a razão de cada desencontro, e,
De repente, encontro-me sem resposta, cheia de dúvidas,
Que percorrem comigo cada minuto do meu dia,
E me limitam em cada instante, por uma revolta, contra mim mesma,
Contra tudo aquilo em que acredito, e permanece á distância do infinito
E traz de volta as pessoas que ficaram,
Aqueles que fizeram de mim o que quer que eu seja,
Boa ou má, certa ou errada, verdade ou mentira,
Vivo em constante confronto comigo, com tudo aquilo que eu sou,
Com a minha verdade, que parece não ser a verdade dos outros,
Perco-me em devaneios, de tudo aquilo que queria mudar, e não posso,
Sou eternamente sonhadora, acredito, e isso deixa-me continuar a viver,
A pensar na possibilidade remota de acontecerem milagres,
Estarei eu louca, serei um extraterrestre,
Denominado de "romântico" no planeta terra,
Aquela que acredita em anjos, em fadas,
Na magia do amor, na influência da lua,
Nos mistérios do mar, na pureza do ser humano, na verdade...
Cada instante, descrevo passo a passo a difícil tarefa de existir,
Imprimo em cada milésimo de segundo o sorriso, o esboço de um sorriso,
De quem vive em perfeita harmonia com o universo...
Sou eu, eu e mais algumas personagens que interpreto,
Nos vários papéis que o palco da vida me destinou,
E que interpreto da melhor forma possível...
Nos quais, desvendo aos poucos mistérios de mim mesma...
Hoje, sou por momentos alguém que ainda desconheço,
E que descubro pouco a pouco,
Limito-me a aprender, a viver e revelar-me em mais uma máscara,
Esta que me apraz ser, de novo, e de cada vez,
Mais vezes sinto a necessidade de a usar, esta que me dá liberdade,
Onde posso ser eu mesma, não me julga,
E a cada letra se torna mais íntima,
Onde a minha alma se despe, se acende, e deixa,
Deixa que em cada loucura, em cada desejo,
Na paixão, na amizade, nos momentos de desespero,
Me ilumine com um simples _"estarei sempre aqui"_
Se, por um dia, eu pudesse ser, apenas, apenas eu,
Que mal poderia haver, se não eu...
Sublime, reflexo de um espírito, que vagueia, perdido,
Num mar de confusos labirintos, que procura incessante uma saída,
Sem saber ao certo se o lugar a que pertenço é este mesmo...
...Este que habito...
Um enorme labirinto de experiências,
Onde se cruzam vidas e sentimentos,
E onde cada um busca uma saída que apenas e só não existe,
Determinação e imposição do imaginário de cada um.
Pertenço a um mundo onde não me revejo,
Onde ainda não encontrei o meu lugar,
Onde, por vezes, questiono, de que vale continuar esta procura,
Será que este é o meu lugar? _Aqui onde me encontro...
Porque continuo nesta inóspita caminhada que parece não acabar ...
Num desassossego que parece não ter fim,
Mudo, no meu silêncio, a revolta...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Caminhando...

Disse-me um dia...
O caminho, o teu caminho, esse tu terás que fazer sozinha...
Não, não é verdade...
O caminho, aquele caminho de que falavas,
Falaste em vão,
Não somos criaturas isoladas,
Somos seres do mundo,
Com o mundo aprendemos a ser quem somos,
Vivemos mais ou menos sós,
Mas sós, não seriamos quem somos,
Foi com alguém, a teu lado que aprendeste a andar,
Foi ouvindo a voz dos teus pais que aprendeste a falar,
Foram eles que te deram a mão, nos teus primeiros passos,
Com os colegas da escola aprendeste o verdadeiro valor da amizade,
O teu primeiro beijo, que ainda recordas deste-o num cantinho da escola,
Naquele lugar que pertencia a ti, mas também a ela...
Aprendeste a amar, com o teu corpo, sem perceber,
O teu coração bateu mais forte, as tuas pernas tremiam,
Os teus olhos brilhavam, os teus lábios sorriam sem pedir licença,
O caminho, o tal caminho que me mandaste fazer sozinha,
Tu não o fizeste...
Agarraste com todas as tuas forças, aquilo que havias perdido um dia...
E tomaste uma decisão...
Chamo a isso coragem, coragem de fazer o caminho,
Com tudo aquilo,
Que conseguiste guardar do caminho que fizeste ao lado de pessoas fantásticas,
Que te amam, e que tu amas, é a essas pessoas e a ti,
Juntos num caminho a que chamamos vida,
Que tu construíste o teu caminho,
A mim não,
Não, tiveste a coragem de me dar a mão,
Quando mais precisei de ti,
Sozinha no meio de um novelo de sentimentos,
Quiseste obrigar-me a fazer aquilo, que ninguém faz...
Sequer tentaste me entender...
Sem alguém, sem nada, sem ti, sem as bases, sem amigos,
Apenas e sem, sem nada,
Sem saber, sem sentir, sem ter, sem fingir, sem tudo, ou sem nada,
Fui eu, só eu, que pedi...
Não se pede amor, não se pedem beijos, não se pedem momentos,
Dão-se...
Acontecem...
Em cada olhar, em cada gesto delicado, em cada carícia,
Em cada oportunidade, que a vida nos concede,
Nunca penses que caminhas sozinho,
Não aceites caminhar só,
Fá-lo com alguém que valha a pena,
Que te ame, que te faça feliz, te faça sentir único e importante...
Faz o teu caminho, caminhando...
Porque caminhando cruzarás com outros que caminham,
Que fazem o seu caminho, caminhando ao lado de uns e de outros
Que tentam caminhar também...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Não...


Não, não posso entender,
Talvez não queira mesmo entender,
Tudo aquilo que amo perco, sem querer, sem perceber,
Perco, chego a perder aquilo que nunca foi meu,
Que nunca poderá ser meu, porque não me pertence,
Porque não mereço, porque sim, apenas por uma ou outra razão,
A qual não tem razão de ser, perco apenas, perco porque
Vivo do lado dos perdedores, dos que remam contra a maré,
Dos que não conhecem a probabilidade de ser por uma única vez,
Vencedores, não me reconheço, não, não perco
Por querer,não perco, por não me entregar, por não me dar,
Perder, uma vez, todos já experimentaram, perder duas batalhas,
Alguns já perderam, perder, voltar a perder, perder novamente,
Perder constantemente, perder como quem perde,
Perder apenas, ou perder tão somente,
Estou cansada, exausta, de perder, de não ter,
De remar contra a maré, para no final,
Voltar a perder, a ti ...
Eu já tinha perdido, antes mesmo de ser meu,
Já havia te perdido...
Porquê, não sei ao certo, perder, perder, perder,
Sou uma perdedora...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Aos Meus Sempre Amigos...

Chegaram de mansinho,
Como quem se detém, foram ficando,
De quando em vez um recuo, de vez em quando um aproximar,
Do Norte trouxeram a pronúncia, o Futebol Clube do Porto, a loucura, o desafio,
A vontade de vencer cresceu aos poucos, amadureceu,
Um sorriso a medo,
Uns sensíveis, uns outros mais racionais,
Vieram de Cabo Verde, da Ilha do Sal,
De Verde apenas a esperança de ganhar,
Do Sal, a verdadeira essência do ser,
Com um sexto sentido de quem adivinha o que nos vai na alma,
De quem percebe antes mesmo de o dizer...
Impulsivos, serenos, inquietos, audazes, desconhecidos
Voaram de São Tomé,
Deixaram a tranquilidade, a harmonia em troca do desconhecido,
É preciso arriscar, tornar real o seu sonho, encontrar-se,
Correndo riscos, enfrentando batalhas, mas no final vencer,
Enigmáticos, misteriosos, fechados na sua concha, carinhosos,
Estavam aqui tão perto, unidos pelo mesmo sonho, a mesma vontade
De saber, de crescer, de encontrar um rumo,
Quem sabe um novo caminho,
Mas certamente, arriscaram, arriscaram tanto ou mais, valeu a pena,
Tímidos no inicio, investiram na procura do conhecimento,
Noite dentro, entre ânimos e desânimos, aprenderam,
Aprenderam que do seu esforço, fez-se glória,
Os seus momentos de glória...
Da ilha, da nossa ilha da Madeira, trouxe o perfume, a força do mar,
Encanto do charme venezuelano, o callor em sua voz,
E lo cariño em sues manos,
Guerreiros, de um duelo entre o saber e o querer saber mais ainda,
Numa luta entre iguais, onde cada um é diferente, sublime, verdadeiro,
Chegaram, adolescentes, de alma maior e coração nas mãos,
Entregaram-se, deram-se aos amigos, alguns receberam o amor,
Apaixonaram-se, foram verdades, por vezes perderam-se,
Mas no final, os seus olhos cintilam de luz, alegria, esperança no futuro
Os Meus Amigos Cresceram
Hoje são Homens, Mulheres...
Os Drº(s) do Futuro,
Os Meus Amigos são hoje, melhores pessoas
Que Orgulho que eu sinto nos meus Amigos...
São estes os meus Amigos,
Pessoas Lindas,
Melhores...
São estes os Meus Amigos!





quarta-feira, 16 de julho de 2008

O Sol Abaixado...

Cada instante,
Irradiam cor, sonhos, desejos, inventam,
Como por magia iluminam as noites,
Desenham, pintam a casa de alegria, de vozes,
Numa orquestra desafinada, "o maestro", a irmã mais velha,
Tenta colocar ordem nos instrumentos que desafinam...
A manhã cedo deixou de existir,
As noites passaram a fazer-lhes companhia,
O calor ofegante enche-os de tesouros, de mistérios,
Perdem-se das horas, em brincadeiras noite fora,
Fazem da noite, o dia, numa algazarra sem fim,
Do dia, o encontro de novas amizades que levam noite fora,
Esqueceram-se dos deveres, de escolher a roupa para o dia seguinte,
Do cabelo arranjado, da cara lavada, a mochila permanece no mesmo sitio,
Deixou de sair á rua, agora ficou desamparada ali no canto...
De corpo semi-nu passeiam a casa, dão voltas e mais voltas,
Enquanto a Nini aproveita para dormir...
Chamo pelo seu nome, uma, duas, três vezes e nada...
Estão a fazer alguma, calculo, como de costume...
Não, apenas descobriram um novo passatempo,
Menos chato que eu, bem menos chato...
Esperam por mim, esperam, esperam sempre...
Com eles, o primo com quem partilham as férias,
Comem pastilha elástica para entreter a ultima brincadeira,
Conversam durante horas a fio, não sei do que falam,
Oiço-os no quarto ao lado a sussurrar e a engolir gargalhadas,
Descobrem-se cheios de talentos, criam laços de ternura,

Enchem-se de luz para enfrentar o próximo desafio,
Aproveitam cada momento para dizer, para pedir, para perguntar
Aproveitam cada minuto para crescer
Aguardam ansiosos pela chegada das férias da mãe,
Perderam-se dos dias da semana,
As segundas são sextas e os domingos, esses são novamente sextas,
para aproveitar ao máximo a semana que ai vem...
A mais pequena maquilha-se e passeia os sapatos da mãe pela casa,
Num barulho que irrita qualquer um, "não faz nada barulho"diz
E continua a visita guiada pelo shopping...
Os rapazes ensinam ao lápis de carvão, as primeiras tentativas de artista pintor
Enrolados na preguiça, procuram a pior posição para ficar por ali...
A mais nova depois do ralhete...
Pergunta: o qué qué chinfrim?
A qualquer dúvida que se lhes coloca respondem apressados...
Não me perguntes isso que os meus neurónios estão de férias...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

O Meu Mar...

Entrei no mar,
Infiel, traiçoeiro, mas eterno amante,
Que me aguarda ano após ano
Sempre no mesmo lugar, com o mesma luz,
Com a mesma brisa, que me acalma e me seduz,
Frio, irresponsável, deixou que o meu corpo o amasse,
Uma vez mais fomos um só, e sem reparar nos demais,
Pegou-me no colo, embalou-me nas suas ondas,
E envolveu-me de saudade...
Beijei o mar,
O meu mar, aquele que esconde o nosso amor,
Nos lugares mais profundos,
Onde apenas existe lugar para dois,
Nós dois, eu e o mar...
Nos meus lábios o seu sabor, sempre igual mas único,
Inesquecível, enfeitiça-me com o seu bailado,
Enlouquece-me o seu cheiro...
Esperava por mim, como se espera pela amante,
Ansioso, agarrou-me como se me quisesse prender ali,
Não me deixar ir embora...
Trouxe na minha pele o seu perfume, as suas carícias, os seus afagos,
Ao fim de algum tempo somos um só,
Quer que eu fique ali,
Acaricía os meus cabelos com as suas mãos geladas,
E pede-me que fique mais um pouco,
Não vás ainda...
Espera um pouco...
Saí do mar,
Ali deixei o meu amante...

Existência...

Entre a noite e o dia,
Entre o som e o silêncio,
Entre nós e os outros,
Entre o tudo e o nada,
Entre o início e o fim,
Entre o amor e o ódio,
Entre o encontro e o desencontro,
Entre o mar e a terra,
Entre a vida e a morte,
Entre Tu e Eu...
No entre do que não existe estamos nós...

terça-feira, 8 de julho de 2008

No Meio do Nada...

Estava a milhas,
Num mundo distante, no meio do cosmos,
Onde tudo se desconhece, e permanece mistério,
Cada tudo, ficou em nada, inexistência, vazio, infinito,
Tudo ao seu redor eram lembranças,
Reflexo das estrelas, que iluminam a galáxia onde habita,
Nos olhos inundados permaneciam telas que pintou,
A lua espelhava cada momento de paixão,
Desejos que semeou, que deixou que florescessem,
Nas mãos doridas, deslizavam fios de cabelo que acariciou,
Ouve a voz que anuncia em cada encontro uma despedida,
Atenta a cada chegada que revela uma caminhada diferente,
Levou parte de tudo, deixou um pouco de nada,
Do nada ficou o sorriso,
O sorriso que alimento com lágrimas que o coração bebe,
Á distância de apenas algumas milhas,
Algumas milhas apenas...

domingo, 6 de julho de 2008

Tudo e Nada

Espera desigual, que divide dois mundos,
Sonho, sincero, submisso, sereno,
Unem-se um na paixão, um outro no desejo,
Impulso, inconstante, incrédulo, incompreensível,
Separam-se, um acredita no encontro, um outro anseia o desencontro,
Gravou seu nome na alma, liberta o seu espírito que vagueia,
Em cada um existe um significado diferente para a palavra,
Meigo, eterno amante da solidão, do acaso,
Caminham em direcções diferentes, só a lua os une,
Carente, invulgar, procura o seu mundo,
Rascunho de uma história inacabada,
Pássaro livre que voa sozinho, sem medo, dono da sua vontade,
Gota de água no deserto, que molha e logo seca,
Fica cada momento, cada som, o perfume, o toque,
Ficas tu, eu vou contigo,
A incerteza de cada desejo por acontecer,
O porquê de tudo e de nada...

sábado, 5 de julho de 2008

Este é o Som do Mundo

Amor Molhado...

Este é o som do mundo,
De ficar perto, de sentir que existo,

Acreditar, fecho os olhos e somos um só,
Sou maior, maior que um poema, maior que a música,
Sou mar onde mergulhas, onde te descobres,
Durante breves segundos és só meu,
Sei que cada encontro se revela numa despedida para sempre...
Não encontro explicação para teres cruzado a minha vida,
Cada momento, queria que fosse eterno,
Dou-me, a ti,
Ainda te espero,
Cada amor é diferente, único,
Cada beijo é nosso,
Em cada gesto somos um só,
Cada olhar te pertence, cada pedaço de mim é teu,
As noites de paixão passo-as contigo,
Com os teus beijos, as tuas caricias,
Encontro a tua alma, e posso beijá-la,
Nesse instante somos um só...


quinta-feira, 3 de julho de 2008

Meus

Existem,
Existem em mim, corre-lhes nas veias partículas do meu ser,
Pintei os seus rostos numa tela a guache,
Com lápis de cera desenhei o seu cabelo,
Fiz dos seus sorrisos momentos mágicos,
Amei cada movimento mais inquieto, mais nosso, mais cúmplice,
Respiramos o mesmo ar, ouvimos a mesma música,
Entrelaçamo-nos numa dança inventada,
Partilhamos desejos, trocamos afectos,
Adormecem ao som da minha canção de embalar,
Tracei a estrada da sua infância, com pedaços de algodão doce,
Com muros de sobressaltos,
Guardei cada desejo numa bola de cristal,
Tornei minhas as suas dores,
Corri para chegar a horas, para cada encontro, para cada despedida
Desafiam as minhas fraquezas,
Fazem birra e teimam em me testar,
Choro por errar, por falhar, por não ser perfeita,
Por não estar, por tudo e por nada,
Choro por medo da vida que lhes dei,
Pelos sonhos que lhes dei a acreditar,
Alegram a minha chegada,
Fazem de cada despedida um até já,
Um beijo, um abraço, um carinho, um aconchego,
Adormecem no meu peito, sinto a sua respiração,
Oiço o bater apressado de corações ansiosos por viver,
Por brincar, aprender, conhecer, desafiar, enfrentar,
Brigar, amar, descobrir,
Afinal, apenas não mais do que lhes dei,
A vida,
Viver afinal,
Vivem
Cada um vive a vida que agora é a sua...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Aqui,

Morro,
Incontrolável, irrompe do meu peito, sem pedir licença,
Sem avisar, numa overdose de paixão,
Avassaladora, deixa-me temer, temer,
Cada um dos meus gestos, cada um dos meus pensamentos,
Assusta-me a distância, tão frágil, tão débil
E ao mesmo tempo, infinita de tão imensa, incontornável...
Sobre mim, gritam de dor meus sentimentos,
Sublime em voos rasantes, pairam sobre mim emoções,
Que inundam meu rosto de água salgada
O meu espírito vagueia num estonteante bailado,
Tal melodia desconhecida,
Vestem-se de negro os sonhos
Que vagueiam embriagados de saudade,
No calor ofegante da noite, transpiro medo,
Sinto a tua presença que não existe,
Que me aniquila, me deixa do tamanho de um grão de areia,
Perdida num deserto de sentimentos, que não encontro,
Morro,
Aqui,
Morro...

ADEUS

Pé ante pé,
Foram chegando,
Cada nota musical,
Cada cor por pintar,
Cada palavra por construir,
Cada sonho por realizar,
Agora lentamente o som se desfaz,
E rompe abruptamente a
Melodia pintada de uma despedida...

Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...