sábado, 31 de outubro de 2009

Escrevemos saudade na despedida...

De nós dois... Amo-te assim ...

Amanheceu assim ...
A madrugada vestiu-se de branco
E eu de luz ...
Num atropelo de emoções esperei por ti
O tempo pareceu caminhar...
Voaram os meus pensamentos de encontro aos teus
Desejámos este momento a cada instante
Onde a distância nos separa e a paixão nos une
Entre o ondular do mar e a marginal
Esculpido de desejo dois corpos
Passeiam descalços na areia fria de um inverno
Que se anuncia disfarçado de primavera
Um céu desenhado de estrelas cintilantes
Fazem inveja á lua que sorri ao amor
Num silêncio onde se confunde
A canção do mar com a loucura da paixão
O luar frio acendeu num sopro de loucura
Uma labareda entre os nossos corpos
Embriagados pela brisa que nos toca
Num suspiro que a alma silencia
E um sussurro anuncia a magia da noite
Num feitiço desenhado de cumplicidades

sábado, 24 de outubro de 2009

Lusco Fusco no Meu Peito...

Volta logo...

Perguntei a um amigo...
Como é isso aí ?
Respondeu...
Mau e Feio

Sossegada...

Enroscada entre as minhas almofadas
No meio do aconchego dos meus lençóis
E a mantinha de verde algodão
Perfumada de flor de lótus
Faço do meu silêncio palavras apenas
Respiro a música que me sacia a vida
E deixo-me ficar ausente ...
Gosto de estar entre mim e eu ...
Fascina-me o saber ...
Invade-me o desejo de voar ...
Cascata de emoções que se desprendem
Num soletrar de memórias
Que despertam por momentos
Reinvento-me para amanhã ...
Para ser quem não sou ...
O vento sopra pela frincha da janela entreaberta
Onde se esconde a tua luz ...
Que a minha faz brilhar...
Hoje a noite move-se lentamente
A Lua nova veste-se de quarto crescente
Queria morar na lua ...
Pertinho de ti mãe
Ser viajante do mundo e dar-me a mim
Beijar o mar a cada amanhecer
Poder tocar o lugar onde moram as estrelas
Morar contigo do outro lado do vento
Sem tempo nem hora marcada
Toca-me assim a alma
Selamos um amor rebelde
Que teima em perder-se por aí ...
Sei de um anjo que me protege
Estranha forma de ser a minha ...
Que não entendes ...

domingo, 18 de outubro de 2009

sábado, 17 de outubro de 2009

Ao Largo ...

Turbilhão que revirou cada lugar em mim
Feita de trapos de mil cores que se desvanecem
Estrondo que abalou o céu cinzento
Embate que o meu porto de abrigo não suportou
E o quebra mar não pode impedir
Destroços que flutuam no mar alto
Vagueiam sem rumo ...
Rosa dos ventos que o vento norte seduziu
E meu timoneiro iludiu com a magia das ondas
Negrume de que o céu vestiu o mar
Sucumbir á solidão sombria e fria
Ou procurar o farol mais luminoso
Onde moram os sonhos que um dia deixei perder
Eterno retorno que a vida converte em dádiva
Dissipar a tempestade em gotas de luz
Unir cada pedaço de azul e pintar o céu
Rasgar o tempo e virar do avesso o relógio de areia
Ousar trocar as cores ao arco íris
Caminhar na corda bamba sem medo de cair
Sentir sem a incerteza de me querer perceber
Espreitar o crepúsculo e acordar a alvorada
Arriscar morrer para poder viver

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Maré de Rosas ...

Proibido Amar...

Um passo de cada passo que dou
Ensina-me a caminhar devagar
Reflecte na minha sombra o meu eu
Onde cada vez mais me reconheço
Sem medo de ser quem sou
Sem receio de me encontrar comigo
Desbravar caminhos que até aqui
Eram distantes e sombrios
Inacessíveis e temidos
Reconheço-me assim
Aos poucos o perfume de outrora
Voa entre as estações que se cruzam
Arrepia-me a pele á sua chegada
As mãos suadas e frias
Instintivamente adivinham-me
Regresso á proa do veleiro
A cada momento só meu
Onde uma gaivota continua
O seu voo sereno sobre o mar
Pintado de prata ...
A lua discreta confidente
Esconderijo da paixão
Continua por aí ...
Só ... Posso ouvir o seu respirar
A noite trás serena a magia dos sons
Dos acordes que o dia esconde
Despertam pela madrugada
Secretos desejos que as estrelas anunciam
E o mar torna mais intensos
Desenhadas na areia entre a espuma
Ficam por breves instantes
Duas vidas ...
Que se unem num corpo...
E se amam em espírito...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Miss you so...

Impossível ...

Jaze lá fora o outono
Enquanto no meu peito
Exausto de dor e de cansaço
Morrendo por uma vida anunciada
Irrompem mil cavalos em sobressalto
Trémula e ténue a luz que me alumia
Cede aos ventos que se anunciam
Frios e insensíveis tocam-me a alma
Cambaleio desordenado e confuso
Dédalo que um dia foi de afectos
Cai precipitada e sem avisar
Num mar de ansiedade e mágoa
Inacessível deixa extinguir a luz
Que se deparou no meu caminho
Embate que me aniquila
Onde mora a sede dos sentimentos
E guarda no recôndito da saudade
O segredo que ninguém desejara saber

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Vou Andar ...

Sabes onde escondeu
A brisa do mar o nosso encontro ?
Porque as folhas de Outono teimam
Em guardá-lo em segredo ...

Não Sei de Ti Aí ...

Mora um dilúvio no meu peito
A madrugada invade o meu silêncio
Atroz é a dúvida de ser tua
Transborda de dor a saudade
Desliza um rio de mágoa no meu rosto
De cada vez que partes
Frio e indiferente ...
Os números não se arriscam ...
As letras compõem as minhas preces
Fazem das palavras o meu caminho
Esta noite o céu vestiu-se de luto
Chora comigo a tua ausência
Faz do meu sentir o seu ...
Onde estás...
Agora que a noite é imensa...
E a lua cheia não mais nos abraçou
Sem ti ...
Sobressalto ao gemido do vento
Grito de aviso da tua partida ...
Nada mais parece fazer sentido
Dói demais não te saber aí ...
Vou te amar ...

Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...