sábado, 17 de outubro de 2009

Ao Largo ...

Turbilhão que revirou cada lugar em mim
Feita de trapos de mil cores que se desvanecem
Estrondo que abalou o céu cinzento
Embate que o meu porto de abrigo não suportou
E o quebra mar não pode impedir
Destroços que flutuam no mar alto
Vagueiam sem rumo ...
Rosa dos ventos que o vento norte seduziu
E meu timoneiro iludiu com a magia das ondas
Negrume de que o céu vestiu o mar
Sucumbir á solidão sombria e fria
Ou procurar o farol mais luminoso
Onde moram os sonhos que um dia deixei perder
Eterno retorno que a vida converte em dádiva
Dissipar a tempestade em gotas de luz
Unir cada pedaço de azul e pintar o céu
Rasgar o tempo e virar do avesso o relógio de areia
Ousar trocar as cores ao arco íris
Caminhar na corda bamba sem medo de cair
Sentir sem a incerteza de me querer perceber
Espreitar o crepúsculo e acordar a alvorada
Arriscar morrer para poder viver

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