quarta-feira, 2 de julho de 2008

Aqui,

Morro,
Incontrolável, irrompe do meu peito, sem pedir licença,
Sem avisar, numa overdose de paixão,
Avassaladora, deixa-me temer, temer,
Cada um dos meus gestos, cada um dos meus pensamentos,
Assusta-me a distância, tão frágil, tão débil
E ao mesmo tempo, infinita de tão imensa, incontornável...
Sobre mim, gritam de dor meus sentimentos,
Sublime em voos rasantes, pairam sobre mim emoções,
Que inundam meu rosto de água salgada
O meu espírito vagueia num estonteante bailado,
Tal melodia desconhecida,
Vestem-se de negro os sonhos
Que vagueiam embriagados de saudade,
No calor ofegante da noite, transpiro medo,
Sinto a tua presença que não existe,
Que me aniquila, me deixa do tamanho de um grão de areia,
Perdida num deserto de sentimentos, que não encontro,
Morro,
Aqui,
Morro...

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