sexta-feira, 5 de junho de 2009

Um dia sem tempo...

O dia amanheceu triste e melancólico
O corpo esmagado por uma noite ao relento
A alma estilhaçada pelos ventos da alvorada
Clama por um momento de luz
Inevitável o desespero da tua ausência
Moras na outra margem deste mar
Onde o céu é sempre azul
E brilham nos teus olhos
As estrelas que apanhas ao anoitecer
Inquietude desamparada cai em mim
Destroços embatem contra o cais de embarque
Resta um pouco de começo na minha mão
Numa viajem sem destino nem timoneiro
Oiço a revolta nos gemidos das ondas
E o vento rasga-me a pele
Deixa-me despida e lança-me um apelo
Meu coração se espraie pelas ondas do mar
Em busca do teu eternamente
Quero perder-me de mim
Ser pescador de afectos
Num dia sem tempo

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