Existo assim corpo e alma...
Moro numa rua entre o céu e o inferno
Sucumbindo ás leis desordenadas dos homens
Divido-me entre o mar alma e o corpo serra
Entrelaçados num reboliço ingénuo
De quem cresceu da mesma semente
Floresceu ao mesmo tempo e se misturou
Numa tela de cores que já pintou uma existência
Ainda assim feita de um choro que o mar silenciou
Dei meu coração á tua mão fechada
Quebrou-se quando caiu na terra íngreme e seca
Ao teu olhar frio e distante que me ignora
Indiferente a cada gesto meu que te prenda
Corre um rio de lava no meu peito
Que queima e me aniquila violentamente
Correm nas minhas veias partículas do teu sangue
Semeiam em mim o sorriso de te ver feliz
Exausta regresso a cada crepúsculo
O medo da noite que deixou de o ser arrasa-me
Voltam os momentos que não quero
A solidão de não te ter mata
Impunemente arranca de mim
As poucas raízes que ainda me prendem aqui
E a alma murcha com sede de ser feliz...
sexta-feira, 29 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Não foi a mim que a vida me deu ...
Como posso perder
Se nunca nada tive meu
Como choro a tua ausência
Se aqui perto tu não moraste
Como posso ter amado o mar
Se a mim o mar não abraçou
Como de lua cheia me visto
Se em mim deixou a noite de escurecer
Como pinto o meu caminho de arco íris
Se de lápis de carvão desenho cada traço do meu rumo
Onde se baloiçam agora os anjos
Que outrora encontrava no meu jardim
A fonte onde de vida me embriagava secou
Restam murmúrios do vento que por lá passa...
Amar-te a cada momento assim
Inventei que voava nas asas da paixão
Foram já tantos os segundos de mim no tempo
Tão cheios de ti sem sequer pensares
Já amei tanto e não fui amada
Perdi-me e encontrei-me no meio da palavra
Fui eu sem ser de ninguém
Represento-me do avesso nesta história
Onde é bom sentir na pele o calafrio de cada reencontro
Amor perfeito desfeito de tudo e feito nada ...
Tão leve e frio...
Deu-me a vida a mim perdida...
Se nunca nada tive meu
Como choro a tua ausência
Se aqui perto tu não moraste
Como posso ter amado o mar
Se a mim o mar não abraçou
Como de lua cheia me visto
Se em mim deixou a noite de escurecer
Como pinto o meu caminho de arco íris
Se de lápis de carvão desenho cada traço do meu rumo
Onde se baloiçam agora os anjos
Que outrora encontrava no meu jardim
A fonte onde de vida me embriagava secou
Restam murmúrios do vento que por lá passa...
Amar-te a cada momento assim
Inventei que voava nas asas da paixão
Foram já tantos os segundos de mim no tempo
Tão cheios de ti sem sequer pensares
Já amei tanto e não fui amada
Perdi-me e encontrei-me no meio da palavra
Fui eu sem ser de ninguém
Represento-me do avesso nesta história
Onde é bom sentir na pele o calafrio de cada reencontro
Amor perfeito desfeito de tudo e feito nada ...
Tão leve e frio...
Deu-me a vida a mim perdida...
quarta-feira, 20 de maio de 2009
TEU ...
Sempre que partilho uma lágrima...
Intenso eu sei ...
Incontrolável a paixão de ser tua ...
Infinito é o segredo que nos une ...
Imenso é o amor deste mar...
Domínio absurdo de cada impulso ...
Extensão dos meus gestos nas tuas mãos...
Ínfima é a distância que nos separa ...
Nunca ... existe entre nós ... Sempre
Absoluto e grandioso ...
Finalmente ser apenas assim ...
Escassa probabilidade algures no tempo
Inevitavelmente tua ...
Sublime é teu jeito de ser...
Opulente e majestosa,
A lua pinta a noite de prata ...
Magnificente o mar,
Escreve em cada pauta feita de espuma ...
Majestosas notas musicais ...
Eu ...Tu ...
Somos apenas ...
Nada mais ...
Intenso eu sei ...
Incontrolável a paixão de ser tua ...
Infinito é o segredo que nos une ...
Imenso é o amor deste mar...
Domínio absurdo de cada impulso ...
Extensão dos meus gestos nas tuas mãos...
Ínfima é a distância que nos separa ...
Nunca ... existe entre nós ... Sempre
Absoluto e grandioso ...
Finalmente ser apenas assim ...
Escassa probabilidade algures no tempo
Inevitavelmente tua ...
Sublime é teu jeito de ser...
Opulente e majestosa,
A lua pinta a noite de prata ...
Magnificente o mar,
Escreve em cada pauta feita de espuma ...
Majestosas notas musicais ...
Eu ...Tu ...
Somos apenas ...
Nada mais ...
terça-feira, 19 de maio de 2009
Ventania ...
Juntei na minha mala
O nosso horizonte ...
Feito de abraço entre a serra e o mar
As palavras que tantas vezes repeti
Jazem imóveis no meu diário
Nunca as ousaste ouvir
Vesti-me de mim para ser eu
Deixei a culpa algures trancada
Para não saber onde ficou
As letras caíram das minhas mãos
Como granizo em cima de uma fogueira
Procurei tantas vezes a luz do teu olhar
Entre a escuridão do medo e do incerto
Que me perdi ...
Não sei de mim...
O vento leva-me e deixa-me zonza
Gira á minha volta um mundo tresloucado
Sento-me aqui onde ninguém mora
Nua de vida e de vontade
Ténue o brilho de uma estrela
Mora num recanto
De uma página dos meus dias
Deixa-me só... desaparece inquieta...
Para não perder o brilho ...
O nosso horizonte ...
Feito de abraço entre a serra e o mar
As palavras que tantas vezes repeti
Jazem imóveis no meu diário
Nunca as ousaste ouvir
Vesti-me de mim para ser eu
Deixei a culpa algures trancada
Para não saber onde ficou
As letras caíram das minhas mãos
Como granizo em cima de uma fogueira
Procurei tantas vezes a luz do teu olhar
Entre a escuridão do medo e do incerto
Que me perdi ...
Não sei de mim...
O vento leva-me e deixa-me zonza
Gira á minha volta um mundo tresloucado
Sento-me aqui onde ninguém mora
Nua de vida e de vontade
Ténue o brilho de uma estrela
Mora num recanto
De uma página dos meus dias
Deixa-me só... desaparece inquieta...
Para não perder o brilho ...
Ser Apenas ...
Nascente de luz cor da planície no outono,
Passei entre o vento que fica entre a folhagem
Memórias guardadas no restolho, de maresia pingado ...
O tempo deixou de ter lugar neste lugar...
Fracassei em cada gesto que te dei ...
Fico em silencio, mas vou gritando sem me ouvires
Aguardo... serenamente por vezes...
Outras á que angustiada rebento para dentro...
O assobio melódico das aves invade os céus
Com uma sinfonia estonteante e mágica...
As palavras já não sabem do que sinto, dizer...
Sentem o que lhes digo ...
Acordo das vogais os meus gemidos
Estremeço quando piso o chão feito de água
O movimento circular das ondas
Arranca-me a alma feita de choro
O sangue viaja no meu corpo
Com o pulsar de unicórnios mil...
Pisando a areia vestida de espuma,
Provo o sabor amargo e doce da sobrevivência,
Inóspita e reles forma de sorrir verdadeiro,
Em troca da vil miséria de um ultimato...
A que chamam viver ...
Passei entre o vento que fica entre a folhagem
Memórias guardadas no restolho, de maresia pingado ...
O tempo deixou de ter lugar neste lugar...
Fracassei em cada gesto que te dei ...
Fico em silencio, mas vou gritando sem me ouvires
Aguardo... serenamente por vezes...
Outras á que angustiada rebento para dentro...
O assobio melódico das aves invade os céus
Com uma sinfonia estonteante e mágica...
As palavras já não sabem do que sinto, dizer...
Sentem o que lhes digo ...
Acordo das vogais os meus gemidos
Estremeço quando piso o chão feito de água
O movimento circular das ondas
Arranca-me a alma feita de choro
O sangue viaja no meu corpo
Com o pulsar de unicórnios mil...
Pisando a areia vestida de espuma,
Provo o sabor amargo e doce da sobrevivência,
Inóspita e reles forma de sorrir verdadeiro,
Em troca da vil miséria de um ultimato...
A que chamam viver ...
sábado, 9 de maio de 2009
...
Acordei de Maio a saudade ...
Com o cheiro embriagante a terra molhada,
Por um barulhento reclamar de nuvem carregada,
A Primavera chega devagar e perfumada ...
Abençoa-a o Inverno e a sua vinda feita de nós ...
Vestiu-se de branco a lua...
Por ver o mar morrer...
Morreu ali nos seus braços ...
Feitos de espuma desfeitos de sonhos
Cautelosa guardou-o para sempre ...
Sou feita de laços desfeitos ...
O mundo é feito de cinzas ...
Que reacendem a cada suspiro ...
Sem sentir clamam por algo desconhecido,
Estranhamente invisível e cruel ...
Voltar a ter um pouco de mim ...
Longe daqui ...
Distante ...
quarta-feira, 6 de maio de 2009
...
Adormeço entre as linhas onde as palavras despertam
O sopro suave do vento muda de página sem avisar
Ficam rascunhos pintados a lápis de carvão
De uma história por terminar que não faz sentido
Amnésia que inventei para não saber de ti
A luz que espreita pela frincha da janela é amarela
Digo-me que as letras são o meu mistério
Onde corre o meu sangue em cada sílaba que escrevo
Onde guardo o que resta de um sorriso
E onde as lágrimas secam num segredo feito de afectos
Escondo-me de mim para não me saber
Inesperado encontro que temo
Remando contra a maré tomo o leme
Enfraquecida pelos ventos contrários
Vigio a lua e deixo o mar espelhar seu rostosábado, 2 de maio de 2009
Rio de amor...
Correm nas margens do rio
Pétalas perfumadas
Levam-te o meu amor
Feito de nada
Chegam ao mar
Esmagadas e sem perfume
O mar vive de paixão
Por uma flor
Que não conhece
As margens do rio
Pétalas perfumadas
Levam-te o meu amor
Feito de nada
Chegam ao mar
Esmagadas e sem perfume
O mar vive de paixão
Por uma flor
Que não conhece
As margens do rio
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