quinta-feira, 28 de maio de 2009

Não foi a mim que a vida me deu ...

Como posso perder
Se nunca nada tive meu
Como choro a tua ausência
Se aqui perto tu não moraste
Como posso ter amado o mar
Se a mim o mar não abraçou
Como de lua cheia me visto
Se em mim deixou a noite de escurecer
Como pinto o meu caminho de arco íris
Se de lápis de carvão desenho cada traço do meu rumo
Onde se baloiçam agora os anjos
Que outrora encontrava no meu jardim
A fonte onde de vida me embriagava secou
Restam murmúrios do vento que por lá passa...
Amar-te a cada momento assim
Inventei que voava nas asas da paixão
Foram já tantos os segundos de mim no tempo
Tão cheios de ti sem sequer pensares
Já amei tanto e não fui amada
Perdi-me e encontrei-me no meio da palavra
Fui eu sem ser de ninguém
Represento-me do avesso nesta história
Onde é bom sentir na pele o calafrio de cada reencontro
Amor perfeito desfeito de tudo e feito nada ...
Tão leve e frio...
Deu-me a vida a mim perdida...

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