quarta-feira, 6 de maio de 2009

...

Adormeço entre as linhas onde as palavras despertam

O sopro suave do vento muda de página sem avisar

Ficam rascunhos pintados a lápis de carvão

De uma história por terminar que não faz sentido

Amnésia que inventei para não saber de ti

A luz que espreita pela frincha da janela é amarela

Digo-me que as letras são o meu mistério

Onde corre o meu sangue em cada sílaba que escrevo

Onde guardo o que resta de um sorriso

E onde as lágrimas secam num segredo feito de afectos

Escondo-me de mim para não me saber

Inesperado encontro que temo

Remando contra a maré tomo o leme

Enfraquecida pelos ventos contrários

Vigio a lua e deixo o mar espelhar seu rosto

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Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...