sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sem Sinais....

Existo assim corpo e alma...
Moro numa rua entre o céu e o inferno
Sucumbindo ás leis desordenadas dos homens
Divido-me entre o mar alma e o corpo serra
Entrelaçados num reboliço ingénuo
De quem cresceu da mesma semente
Floresceu ao mesmo tempo e se misturou
Numa tela de cores que já pintou uma existência
Ainda assim feita de um choro que o mar silenciou
Dei meu coração á tua mão fechada
Quebrou-se quando caiu na terra íngreme e seca
Ao teu olhar frio e distante que me ignora
Indiferente a cada gesto meu que te prenda
Corre um rio de lava no meu peito
Que queima e me aniquila violentamente
Correm nas minhas veias partículas do teu sangue
Semeiam em mim o sorriso de te ver feliz
Exausta regresso a cada crepúsculo
O medo da noite que deixou de o ser arrasa-me
Voltam os momentos que não quero
A solidão de não te ter mata
Impunemente arranca de mim
As poucas raízes que ainda me prendem aqui

E a alma murcha com sede de ser feliz...

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