Percebo este bater da porta no meu peito
Fechaste-a e saíste...
Sorrateira e de sorriso tímido
Lá fora espera-te o céu que chora a tua despedida
Vazia esta minha viagem
Sem apeadeiro onde chegar
Vejo-te partir vezes sem conta, digo-te adeus e
Em silêncio procuro por ti dentro de mim
Só... existo...
Sem te ser ou ter sou sem viver
Conheço no teu olhar brilhante um rio
Tela onde revelas o teu meigo sentir
O frio assustado abraça-me o peito
Desajeitado este meu caminhar
Que o vento faz cambalear
E a noite deixa sucumbir
domingo, 31 de outubro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
Pertenço-te...
Escapa-se entre os dedos o tempo que não vivi
Distante tocas-me como uma brisa de verão
Deixas-me com a voz de quem não me conhece
Estranha esta paixão que não entendo
Louco este intenso desejo do teu beijo
Pertenço-te em sonhos onde a Lua se veste de Prata
E o mar amanhece abraçado pelos nossos corpos
Confundem-se na noite pintada de maresia
Não quero acordar deste sono mágico
Feitiço que te trouxe aqui onde a minha alma voa
E os nossos espíritos se unem num só
O espírito do amor
Doce esta loucura que me faz sorrir
Que me deixa cair uma lágrima ao acordar
Sei que acordar é deixar-te voar
Para tão longe, tão distante...
Onde o nosso olhar jamais se poderá encontrar
Distante tocas-me como uma brisa de verão
Deixas-me com a voz de quem não me conhece
Estranha esta paixão que não entendo
Louco este intenso desejo do teu beijo
Pertenço-te em sonhos onde a Lua se veste de Prata
E o mar amanhece abraçado pelos nossos corpos
Confundem-se na noite pintada de maresia
Não quero acordar deste sono mágico
Feitiço que te trouxe aqui onde a minha alma voa
E os nossos espíritos se unem num só
O espírito do amor
Doce esta loucura que me faz sorrir
Que me deixa cair uma lágrima ao acordar
Sei que acordar é deixar-te voar
Para tão longe, tão distante...
Onde o nosso olhar jamais se poderá encontrar
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Refúgio...
Estrangula-me não saber
Perceber que me asfixia a necessidade
Numa vontade reprimida de poder ser
Ecos de um personagem
Sem autor ou argumento
Anacoreta contempla a Lua vestida de prata
Alega ser sua propriedade de invento
Amam-se em segredo,
Diz-se por ai que à noite
Murmuram em voz baixinha o seu amor
Lado escuro da noite esconderijo perfeito
Ninho onde se agasalham abrigo secreto
Lugar sem dever ou obrigação
Guarida sem vez
Sem tempo
Sem mim
Perceber que me asfixia a necessidade
Numa vontade reprimida de poder ser
Ecos de um personagem
Sem autor ou argumento
Anacoreta contempla a Lua vestida de prata
Alega ser sua propriedade de invento
Amam-se em segredo,
Diz-se por ai que à noite
Murmuram em voz baixinha o seu amor
Lado escuro da noite esconderijo perfeito
Ninho onde se agasalham abrigo secreto
Lugar sem dever ou obrigação
Guarida sem vez
Sem tempo
Sem mim
Quando a noite amanhece...
É tarde, quando noite ainda
Te deixo de mãozita fria e coração pequenino
Caminhamos, e o dia demora-se enquanto desperta
Em silêncio cruzamo-nos com vozes roucas e tímidas
Inventas razões que te justificam a minha presença
Peço-te tudo para te levar comigo
Mas não te chega...
Correm devagar os minutos
E anseias sôfrega aquele encontro que tarda em chegar
De corpo frágil e olhar doce tem o mundo desenhado nas mãos
O teu mundo... aquele onde o teu corpo se aconchega
E a alma sabe, sabe que ali pode voar sem medo
Vens sorrateira aninhar-te no meu ventre
Parece-te seguro ao invés das minhas mãos
As mãos que te deixam ao desamparo
Quando ainda noite o frio nos trespassa e deixa perceber
A chegada de mais uma aventura contra o tempo
Ainda sem perceberes transformas os teus fantasmas na tua dor
Intenso este amor que guarda e cuida em desassossego
Esconde-se dos medos do mundo
Inquietamento que o corpo fere e a alma magoa
Te deixo de mãozita fria e coração pequenino
Caminhamos, e o dia demora-se enquanto desperta
Em silêncio cruzamo-nos com vozes roucas e tímidas
Inventas razões que te justificam a minha presença
Peço-te tudo para te levar comigo
Mas não te chega...
Correm devagar os minutos
E anseias sôfrega aquele encontro que tarda em chegar
De corpo frágil e olhar doce tem o mundo desenhado nas mãos
O teu mundo... aquele onde o teu corpo se aconchega
E a alma sabe, sabe que ali pode voar sem medo
Vens sorrateira aninhar-te no meu ventre
Parece-te seguro ao invés das minhas mãos
As mãos que te deixam ao desamparo
Quando ainda noite o frio nos trespassa e deixa perceber
A chegada de mais uma aventura contra o tempo
Ainda sem perceberes transformas os teus fantasmas na tua dor
Intenso este amor que guarda e cuida em desassossego
Esconde-se dos medos do mundo
Inquietamento que o corpo fere e a alma magoa
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Ainda antes de...
Gosto do tempo que passamos juntos
Agora mais pequeno e sossegado
Sem letras ou números que nos expliquem
Entendemo-nos no olhar e num abraço
Poder voar tocar o céu contigo
Deixou de ser, simplesmente
Quebraram-se as asas que nos seguravam
Esforço-me em vão para continuar sem ti
Escondo-me de mim e de ti...
Imigrei para o casulo da minha alma
Onde vivo me transformo e morro
Às vezes tocas-me em jeito de gota de água acaricias-me
Sorvo o que resta do meu sal
Ávida desse mar onde jaze o meu corpo
Não posso mais ser de mim quem sou
Sozinha no escuro não mais te senti
Eterna e obscura esta existência feita de nada
Humilha-me cada despertar sem sentido
Aniquilei cada escolha num descaminho
Desenhado neste leve movimento
Agora mais pequeno e sossegado
Sem letras ou números que nos expliquem
Entendemo-nos no olhar e num abraço
Poder voar tocar o céu contigo
Deixou de ser, simplesmente
Quebraram-se as asas que nos seguravam
Esforço-me em vão para continuar sem ti
Escondo-me de mim e de ti...
Imigrei para o casulo da minha alma
Onde vivo me transformo e morro
Às vezes tocas-me em jeito de gota de água acaricias-me
Sorvo o que resta do meu sal
Ávida desse mar onde jaze o meu corpo
Não posso mais ser de mim quem sou
Sozinha no escuro não mais te senti
Eterna e obscura esta existência feita de nada
Humilha-me cada despertar sem sentido
Aniquilei cada escolha num descaminho
Desenhado neste leve movimento
domingo, 10 de outubro de 2010
Serenar...
Anoitecer breve e silencioso
Imenso este lugar adormecido
Distante este desejo de te amimar
Sossegado o vento sussurra-me a tua ausência
Sopro brando e meigo acaricia-me dolorida a alma
Disfarce este olhar perdido que o teu não encontra
Na pele despida fere-me o frio que me entorpece e abate
A lua deixa cair esta máscara que o dia deixa pintar
Dolorosa esta espera que o tempo rouba à noite
Assalta-me num abraço intenso sabe de mim longe daqui
Sabe que moro distante desta multidão de sentires
Num lugar onde o sol adormeceu e anoitece a cada amanhecer
Assusta-me este desfiladeiro onde o sol desperta
Se insinua como um rio sem medo entre rochas escarpadas
Íngreme esta caminhada floresce em mim
Ambíguo este labirinto sem cor
Sem ti...
Imenso este lugar adormecido
Distante este desejo de te amimar
Sossegado o vento sussurra-me a tua ausência
Sopro brando e meigo acaricia-me dolorida a alma
Disfarce este olhar perdido que o teu não encontra
Na pele despida fere-me o frio que me entorpece e abate
A lua deixa cair esta máscara que o dia deixa pintar
Dolorosa esta espera que o tempo rouba à noite
Assalta-me num abraço intenso sabe de mim longe daqui
Sabe que moro distante desta multidão de sentires
Num lugar onde o sol adormeceu e anoitece a cada amanhecer
Assusta-me este desfiladeiro onde o sol desperta
Se insinua como um rio sem medo entre rochas escarpadas
Íngreme esta caminhada floresce em mim
Ambíguo este labirinto sem cor
Sem ti...
sábado, 9 de outubro de 2010
Inquietação...
Urge a diferença e a dúvida a cada instante
A habilidade de ser humano sem a sombra de ser,
Ser apenas miragem daquilo que os outros querem ver
Arguidos de um fingimento sem argumento
Ao qual cativo se autoriza indeliberado e impensado
Acto de insipiência e ingenuidade
Intenso este existir feito de verdade
Eremita das sete Luas e dos sete Sóis
Contempla no seio da sua existência um caminho
Onde uma vasta multidão o não encontra
São os silêncios que ecoam gritos
Que o mundo não sabe ouvir
Inquietude latejante e ávida
Insaciável de desejos intensos e sedutores
Tumultuoso este sentir que aniquila qualquer juízo
Discernimento que a emoção faz cativo
Combate que a razão disputa e conquista
Sobrevive a esta paixão a quem chamam vida
A habilidade de ser humano sem a sombra de ser,
Ser apenas miragem daquilo que os outros querem ver
Arguidos de um fingimento sem argumento
Ao qual cativo se autoriza indeliberado e impensado
Acto de insipiência e ingenuidade
Intenso este existir feito de verdade
Eremita das sete Luas e dos sete Sóis
Contempla no seio da sua existência um caminho
Onde uma vasta multidão o não encontra
São os silêncios que ecoam gritos
Que o mundo não sabe ouvir
Inquietude latejante e ávida
Insaciável de desejos intensos e sedutores
Tumultuoso este sentir que aniquila qualquer juízo
Discernimento que a emoção faz cativo
Combate que a razão disputa e conquista
Sobrevive a esta paixão a quem chamam vida
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Perder...
Afago no meu corpo a minha alma
Recuam, parecem desconhecidos
Não são...
Mas o tempo que a vida lhes deu separou-os
Desigual esta luz que os separa e a escuridão une
Quero que a chuva caia no meu peito
Inunde o meu corpo e encerre a minha alma
Indiferente a minha existência, vã...
Não sei onde mora o significado
Experimento não ser, e sou nada
Sou, e nada faz sentido ser
Alienação mental jaze raiana
Quietude esconderijo onde me abrigo
Refúgio da dor que me consome e desvanece
Recuam, parecem desconhecidos
Não são...
Mas o tempo que a vida lhes deu separou-os
Desigual esta luz que os separa e a escuridão une
Quero que a chuva caia no meu peito
Inunde o meu corpo e encerre a minha alma
Indiferente a minha existência, vã...
Não sei onde mora o significado
Experimento não ser, e sou nada
Sou, e nada faz sentido ser
Alienação mental jaze raiana
Quietude esconderijo onde me abrigo
Refúgio da dor que me consome e desvanece
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Sem mim
Já não me encontro dentro de mim
Deixei-me ficar algures
Nem eu sei onde fiquei
Sei de mim distante,
Outrora visitava-me
Hoje não sei onde me procurar
Deambulo pela vida
Enquanto esta me observa estranhamente
Questiona o lugar onde me deixei ficar
Respondo em silêncio e ausente
Eloquente a vida desistiu de mim
Ponto sem tinta num quadro por pintar
Ténue e vago este sentido dissentido
Arrasto-me neste descaminhar
Imperceptíveis deixo os meus passos
Que o vento apaga num sopro frio e amargo
Imprudente este vago sentir
Que as palavras não sentem
E o silêncio não cala
Deixei-me ficar algures
Nem eu sei onde fiquei
Sei de mim distante,
Outrora visitava-me
Hoje não sei onde me procurar
Deambulo pela vida
Enquanto esta me observa estranhamente
Questiona o lugar onde me deixei ficar
Respondo em silêncio e ausente
Eloquente a vida desistiu de mim
Ponto sem tinta num quadro por pintar
Ténue e vago este sentido dissentido
Arrasto-me neste descaminhar
Imperceptíveis deixo os meus passos
Que o vento apaga num sopro frio e amargo
Imprudente este vago sentir
Que as palavras não sentem
E o silêncio não cala
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