sábado, 10 de janeiro de 2009

Não Sou ...

Sou sem ninguém me ver,
Sou guerra que me destroi,
Sou chama que se apaga ao vento,
Estou aqui sem estar em nenhum lado,
Passo por ti sem me veres,
Sou partícula de ar que respiras,
Lufada de ar que queima a cada segundo,
Sou noite inventada sem nunca dares por nada,
Sou lápis de cor cinzenta ...
Que deixa voar as cinzas
De uma fogueira que flameja,
Sou final sem conhecer o começo,
Sou tempestade que o mar sossega,
Sou a imperdoável forma de existir sem ser,
Sou o grito do medo em silêncio,
Sou o vazio que me toca,
Sou eu que em vão chama o teu nome,
Sou eu quem beija a tua alma ...
Sou quem reza sem saber se existem milagres,
Sou um lugar onde ninguém habita,
Sou filha de um Deus Maior,
Sobrevivente da solidão,
Dos abraços que sobram,
De um labirinto de afectos,
Onde cada beijo sacia a minha alma
E os anjos celebram cada encontro...
Sou filha de uma "Ameixa" lilás ...
De um tempo que não tem fim,
De um fim que não tem tempo ...

1 comentário:

PURO AMIGO disse...

Olá. Boa noite
Está lindo, bem estreturado como sabe fazer.
Amizade
Miguel

Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...