sexta-feira, 17 de abril de 2009

Afectos Circulares...

Estranha criatura divina
Vindimando bagos de emoções
Colheita abundante de extremos que se tocam
Na palma da mão de estranhos demasiado iguais
Num tempo que teima em ser circularmente errante
Impaciente por mais uma volta de culpas ás cegas
O carrocel viciado toma as rédeas da vida

Mágoa com que me deixo dominar
Desfaz-se na areia a última onda do teu gesto
Começo condenado a não começar
Cada sonho morreu no meu espírito
Tenho na minha mão o teu toque

Sabes a minha cor
De cada vez que o tempo nos encontra
Entrelaçada a mim vive a tua sombra
Adivinhas -me em cada olhar
Salteador da minha paixão
Fico á espreita da minha estrela
Que perdi faz tempo no mar

As palavras são pormenores de mim
Correm nas minhas veias notas musicais
Desenhadas nos gestos do meu corpo
Abraça-me a brisa vestida de primavera
Com a sombra de um inverno
Onde a minha alma ficou fechada

Voaram das minhas mãos
Os poemas deixados á tua porta
Levou-os um beija-flor pintado de arco-iris
Amanhece á tua janela para te acordar

Um dia deixa-o entrar...
E sorri ...
Deixa-o sonhar...

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Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...