sábado, 25 de abril de 2009

Deixar Abril ...

Deixo Abril prisioneira da liberdade
Reclusa de mim mesma, dos meus medos,
Perplexa pelo ser humano que me assalta
Desiludida por ser parte de um mundo, onde da
Humanidade desumanizada resta pouco ou nada,
Sobram restos de um povo escravo da amargurada vida,
Ensinam-se as regras que rasteiraram seus semelhantes
Existe um abismo entre quem vive e quem sobrevive
O amanhecer é feito de contradições e controversos despertares
Usam-se pessoas como se usam trapos de estação em estação
Conforme a montra onde a moda se exibe e passa
O ser humano é catalogado, impresso, seleccionado e marcado,
A vida é jogada impunemente na roleta russa
E o vencedor é sempre o mesmo...
Pesa-me nos ombros a culpa de ser diferente...
Carrego no peito um grito mudo do meu silencio
Exorcizo as sombras que ofuscam o meu caminho
Mas o traço da minha mão não se curva
Segue a direcção errada
Ruma seguindo o instinto que lhe é fiel errante ...
É urgente um Abril pintado de Luz ...

1 comentário:

Verónica disse...

Apesar de pensares que não, amo-te mais que tudo...
Beijinhos enormes, do tamanho do mundo... todos só para ti...

Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...