sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Jaze de amor uma rosa ...

Resguardo de mim
Palavras onde me abrigo em segredo
Intempérie que um sopro cuida em silêncio
Concha refúgio da minha alma
Enseada albergue do meu corpo
Dicotomia anacrónica da libido
Ninei-me no meu exílio
Reclusa desconforme do senso comum
Esboço de um resvalar iminente
Tracejar um amanhã em veredas
Que os caminhos não conhecem
Passeia em devaneio um Querubim
Rondou o meu olhar
Álibi que uma lágrima desmentiu
Ilícito jaze este desejo de ti
Toada que o vento descreve
Embargando no céu as palavras
Que ripostam em grossos pingos
Irrompendo de um olhar cerrado
A dor intensa de um amor
Que nasceu de uma fonte
Onde desencontrados fomos beber
E a magia saciou os desejos
Em dois luares
Perdidos por um grão de areia
Que o mar enamorou

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Porque existo ...

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Acredito ...