quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Um Quarto...

Aninhei-me nas asas de um anjo,
Com cheiro de infância perdida,
Aguarda impaciente a minha chegada tardia,
No olhar questões que não sei responder,
Na árvore enfeitada de sonhos,
Os seus olhitos meigos cintilam de encanto,
Espera serena não sei bem o quê,
Demoras ... pergunta ... Vens cedo ...
Imita meus passos perdidos pela casa ...
Ausente das minhas palavras,
De tudo o que sou e transmito isola-se,
Vive tão perto e tão distante,
Mãos de inocência que desenham o seu mundo,
Pintam de magia e cor a sua verdade,
Reinventou-se, e deixou de ser meu ...
Revolta silenciosa e galopante,
Descreve um trilho que não conheço,
Abandonou o nosso refugio,
Deixámos de dançar a mesma música,
Já não existem abraços nem viagens,
Cruzamo-nos sem nos vermos...
Somos quatro,
Somos um,
Sou um dos quatro,
Ou um quarto de cada um,
Não sou nada sem um dos quatro ...

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Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...