sábado, 20 de dezembro de 2008

Uma Vida numa Hora ...

Silenciosamente sem perceber, sem esperar,
Bruscamente entra sem avisar dentro de mim,
Corre no meu mar um rio de sangue,
Um frio cortante rasgou meu peito,
Deixou aberta uma ferida que dói,
Dilacerou cada pedaço de mim,
Simples criatura que se perdeu do mundo,
O meu medo, eu sei, já havia acontecido,
Deixei que fosse assim, deixei que acontecesse,
Para mim chegou de improviso,
Tsunami que arrancou de mim o mar azul,
Trouxe-o de volta manchado de sangue e lágrimas,
Brisa suave e meiga que arrancou de mim cada pétala,
Ficou tanto sem querer deixar nada,
O Beijo...
A Sinfonia dos Grilos...
A Lua...
Um lugar...
Um momento apenas ...
Não sou mais nós dois,
Sou apenas eu, sem ti no meu peito,
Sem a nossa lua, sem o nosso mar,
Que nunca o foi ...
Viagem solitária onde te imaginei sempre a meu lado,
Terminou ali, naquele lugar, num breve instante ...
Temporal que desabou sobre mim,
O teu olhar, o teu beijo, os teus passos,
Haviam-me avisado ...
Não quis deixar de sonhar,
Agora, agora sei ...
Não te terei a meu lado ...
Jamais poderei voltar a sorrir de amor ...
Porque sonhei acordar no teu aconchego ...
Ficar a teu lado ...
Uma vida numa hora ...

Sem comentários:

Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...