sábado, 6 de dezembro de 2008

Viagem ...

Incompreensivel de mim mesma, do meu mundo,
Desenho abstracto de uma vida que não entendo,
Trilho que continuamente me desobedece,
Entre a terra que me prende sem raízes,
E o céu que me chama pelo nome de menina,
Existo no intervalo sem pertencer a nenhum lado,
Busca incessante e sem sentido,
Tom de cor que não consigo tocar,
Alma demente e insana que se perdeu e me encontrou,
Morro aqui porque tenho medo de não morrer,
Arrastei a minha sombra para perto de uma fogueira,
Chama que desvanece lentamente sem sentir,
Assalta-me a imensidão de um vazio que me aniquila,
Estilhaços de uma vida que se perdeu da alma,
Chocam bruscamente contra escarpas de sentidos
Que há muito tempo haviam terminado,
Soam ecos de desespero num templo esquecido,
Pequenês onde me enrosco e me encontro com o meu silêncio,
Seduz-me um brilho sorrateiro que me faz estremecer,
Oiço a tua voz como se estivesses comigo,
Não sei porque voltei ali ...
Sei apenas que voltei ...

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Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...