sábado, 7 de junho de 2008

NA OUTRA MARGEM ...

Pedaço de nada, encontrado no meio de tudo, perdeu-se da vida, juntou-se aos que sofrem, não vive, sobrevive, não se cala, revolta-se e grita, o destino não o guia, segue os seus passos, não se limita a ler, escreve, e em cada sílaba, em cada ditongo, revela a película da sua vida, enaltece os desiguais, os que combatem a sina, os que escrevem o seu caminho e se debatem contra a democracia que já o não sabe ser, resgatou a loucura de cada palavra, na crueldade de cada sílaba alimenta seus sentimentos, não conhece vocábulos de ternura ou complacência, caiu no engodo da desgraça, no término do alheio, recolhe-se na imunidade de não sentir, de apenas não querer, bastam-lhe os momentos de inspiração, de ausência da alma, de encontro com espíritos do mesmo lugar, onde se procura refugiar e onde pinta a sua existência, a sua passagem neste reles lugar onde um dia se perdeu...de onde surgiu não sabe, sabe que um dia deixará de existir...




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