sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O meu nome apenas...

Talvez um dia,
Se eu desistir, um dia talvez, se por um acaso eu desistir.
Não me julgues, não me culpes,
Não me apontes o dedo, nem sequer me desvies o olhar,
Olha nos meus lábios, agora sem batom, sem sabor, vê como perdi o sorriso,
Nos meus olhos já fechados, continuam a escapar-se lágrimas,
Que percorrem o meu rosto, e caem desamparadas.
Assim sou eu, acaricio levemente aqueles a quem amo,
E caio, caio desamparada, num mar de tempestades,
Onde o vento abruptamente me derruba, me impede de levantar,
A chuva encharca o meu corpo de uma imensa tristeza,
Que me percorre e irrompe pelo meu peito,
Como gotas de água sobre rochas afiadas que rodeiam a enseada,
As minhas mãos, agora geladas, nada levam,
Vazias, vazias de tudo, vazias de nada,
Nada deixei, nada levarei, deixo quem mais amo,
Não, nunca fui amada, nunca fui amada, nunca…
Porque, teimei, insisti, forcei, acreditei,
Fui feliz, sim também fui feliz, feliz…
Sonhei, sim sonhei, ah… como sonhei,
Tudo o que sonhei, foi mágico, mágico...
No meu corpo, em cada marca, em cada sinal,
Em cada desejo, a minha alma desapareceu,
Eu, eu não sou mais eu…
Insensível, imóvel, serena, tudo se desvanece,
Ficou o meu nome, sim o meu nome,
Esse talvez alguém um dia possa lembrar…
Possa até talvez chamar...quem sabe um dia,
O meu nome...
Apenas o meu nome...

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