domingo, 23 de novembro de 2008

Soro de Lágrima ...

Geme a luz que me ilumina,
Nu repousa meu corpo entre gotas de água,
Enregelou-me de desejo a alma,
Sou eu, despida de mim,
Espera descabida por um outro alguém,
Mergulhei entre pétalas vermelhas,
Perfumei a minha pele de rosas,
Na ponta dos dedos, vestígios
De uma espera que não acaba nunca,
Negros, flutuam sobre o meu peito,
Fios que outrora foram minha chama,
Caio sobre a melodia de um piano,
Num desvario que me enlouquece,
Procuro o sangue que me levará a ti,
Estou tão perto, assusta-me o medo,
Abandona-me a vontade de ficar,
Chega de mansinho a vontade de partir,
A lua partiu sem avisar,
Deixou para trás uma estrela.
Que teima em espreitar pela,
Frincha da porta entreaberta,
Nos lábios, doce o sabor de uma lágrima
Que serena acariciou meu rosto,
Sem saber perdeu-se no meu corpo,
E amainou minha alma ...

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Porque existo ...

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Acredito ...