sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Cruzamo-nos por aí...

Flores de Outono perfumaram a chegada,
Oiço o eco dos meus passos,
Guardo segredos dos meus pensamentos,
Contemplo a sua companhia...

Deixa-me ...
Só, com o chuvisco da estação,
O cheiro a terra molhada,
Apaga o pó que resta do Verão,

Deixa-me ...
A dois passos de dois carris que sufocam,
Pisados abruptamente por um comboio,
Que não pára, estremeço...

Deixa-me ...
Em silêncio, sem voz para me acalmar,
Sem um gesto de adeus,
Sem um pingo de afecto...

Deixa-me...
Uma dor meiga que serenou,
Uma lágrima de eternas despedidas,
Uma distancia que dói,

Deixa-me ...
Alguém espera por si,
No lugar onde se amam,
Vai ao seu encontro ...

Deixa-me ....
Machuca-me o coração,
Vê-lo partir, dar-se, pertencer
A outra, a alguém que é sua ...

Deixa-me ...
Procuro uma estrela ...
Escondem-se, apenas os meus olhos
Iluminam a noite...

Deixa-me ...
Caminho no sentido do nada,
Envolvo-me com o vento,
Deixo-me, permito-me voar...

Deixa-me ...
Ave solitária,
Que ruma ao mar longínquo,
Sem porto de abrigo,

Deixa-me...
Só, me deixa ...

1 comentário:

O QUATORZE disse...

Boa Noite
Significativamente interessante a forma de se colocar as palavras em formalidades que levam a sentimentos variados.
Amizade
LUIS 14

Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...