segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Fio de Seda ...

Esquecida da infindável loucura do Verão,
Do desassossego das noites longas ,
Rebolando entre almofadas e sonhos,
No desejo mudo de querer amar,
De asas quebradas, sem poder voar,
Recolhe-se aos cantos de um ninho,
Onde as mantas de retalho,
Pedaços de afectos e lembranças,
Estilhaços d alma sem luz,
Marcas de um corpo que habita,
Inspiram a solidão de um espírito,
Que vislumbra a silhueta de uma mulher,
Chegado o aconchego de uma noite fria,
Entre dois corpos que se unem,
Juntam-se labaredas cor de paixão,
Partilham do licor que bebem,
Com sabor a beijos e fogo,
Corpos perfumados de amor,
Inundam com um feitiço a serra gelada,
Sente-se uma brisa serena e meiga,
Pintou-se a noite de lua cheia,
Pousaram sobre o telhado duas estrelas,
Nuvens cor de mar planaram sobre a serra,
Findaram seus sonhos...
Amanheceu...

Sem comentários:

Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...