domingo, 15 de março de 2009

Sem Ser ...

A saudade é minha cárcere
Lenta e aguda cravou no meu peito
Uma lança que jorra de sangue
Sobre cada passo com que caminho
Não deixa espaço para perdoar
Ausência que me aniquila e desfaz em trapos
Pedaços de mim que já não consigo juntar
Reboliço de emoções que fazem eclodir
Mil sentimentos que não sei entender
Porquê, porquê, porquê,
Porquê, que não entendo ...
Destroços de mim que não consigo encontrar
Morro assim sem coragem ...
Sem suicidio sem viver sem nada...
Não sou porque não significo...
Meu nome foi inventado
Aqui jazo sem lugar
Sem passado sem sonho sem ser
O mar não é meu amante...
A Lua não é minha confidente
O céu não tem a minha cor
As estrelas não iluminam o meu caminho
E eu ...
Eu, eu não sou grão de areia...
Porque o mar não me quer beijar
A lua deixou-me entre nuvens carregadas,
O céu fechou-se para mim
As estrelas recuam quando lhes aceno,
Overdose de uma melodia que achei ...
Respiro-a para sobreviver ...
Aprendi o sabor da saudade ...
Em cada lágrima, em cada nódoa negra
Que marca meu corpo e minha alma...
Em cada sorriso que continuo a desenhar
Sem a arte de ser actriz ...
Continuo a caminhar só ...
Numa viagem de solidão ...
Visitada por anjos ...
De mil mundos com mil sonhos
Que perfumam a minha vereda
Com girassóis pintados de arco íris....

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