sábado, 6 de setembro de 2008

Apenas se fechou ...

Sobressalto,
Invade-me a dor e a mágoa, de não ser gente,
De não ser nada, de nada ter, de ser nada,
Vagabundeando entradas de uma porta,
Que se fechou e não voltará a abrir,
Procura incessante, que não acaba,
Insana viagem de tormentos e desvarios,
Túnel sem fim que me arrasa e destrói,
Corre-me nas veias sangue que desconheço,
Esboço de um sorriso que não entendo,
Caminho na corda bamba, sem rede,
Seguro nas mãos pedras preciosas que não posso perder,
Caio uma e outra vez, mas os tesouros que guardo ,
Os meus tesouros, esses eu não posso deixar que caiam,
Vivo de uma mentira inventada,
De uma verdade esquecida por alguém,
Apraz-me o silencio, a dúvida,
Incógnita do destino, e de um Deus maior,
Que me experimenta e me confronta,
Dá-me a mão de cada vez que caio,
De quando em vez olha-me e sorri,
Mas continuo sem rede, caminhando pé ante pé,
Na minha corda bamba, e de cada vez
Que adormeço um soluço de medo assombra
O meu despertar...

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