sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Baloiço...

Num vaivém desenfreado,
As minhas mãos transpiram força,
Num voo mágico que inspiro,
Fecho os olhos, e o mundo é meu,
Fico mais perto, tão perto, que sem perceber
Oiço o bater do coração que anseia, que dói,
Deixo de me pertencer, ganho asas de condor,
Liberto-me do corpo que aniquila meu voo,
Ao meu redor passeia a minha alma,
Numa alegria estonteante, sorri ...
Brinca com os meus cabelos, acaricia meu rosto,
Segura uma lágrima que se escapa,
Seca-a ao vento que me empurra...
O meu perfume mistura-se com a brisa,
Toco o céu, beijo a lua, caminho entre as estrelas,
Feitiço que respiro e bombeia meu sangue,
Êxtase mágico que enlouquece,
Não, não deixo de voar,
Voo mágico, que baloiça meu corpo
E faz sorrir minha alma...

1 comentário:

CarlaSofia disse...

Belíssimo este poema. Eu sentia isso quando baloiçava. Que saudades dessa sensação a palpitar. Desejo um bom domingo.
Carla Sofia

Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...