Trémulas de mais uma jornada, as mãos
Calejadas da dor que insistemente as domina,
Caem desamparadas, esquecidas, adormecidas,
Cansadas de remar contra a maré, contra o vento,
Que sopra do lado contrário, esmorecem,
Incrédulas, inconformadas, resignadas ao destino,
Desistem, o tempo ensinou-lhes da pior maneira,
Que é tempo demais, numa batalha sem fim,
São demais os moribundos, os estropiados, os náufragos,
Num barco á deriva, sem norte, sem fé,
Nasceu do abandono, do negro da noite que ama,
Desfalece ao intenso brilho do sol, que queima,
Destrói a minúscula luz do pirilampo,
Seca cada gota de esperança, que brota
De uma nascente, onde uma pequena luz,
Um dia acreditou poder brilhar na noite,
Tal qual pirilampo...
Desfaleço agora á luz do dia...
1 comentário:
Boa tarde
Que essa luz mesmo pequena se mantenha sempre com a esperãnça acesa, pois o Mundo dá muitas voltas.
Amizade
LUIS
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