segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mendigo de sonhos

O imprevisto de um momento que não é,
Um pequeno senão, de inesperados e contrários,
Algures num vaivém de indecisão,
Na incerteza, de algum sentimento,
Em dúvidas que permanecem, e corrompem,
Irrompem no desgaste de uma pedra,
Que teimou, teimou em não ser esculpida,
Pelas mãos de um mendigo, maltratado e só,
Que diambulando pela vida se alimenta de pó,
Poeira que levanta quando envolto no seu manto,
Se lembra que algures existe uma nascente,
Que brota água fresca, transparente e pura,
Onde, um dia sonha poder beber,
Olha os demais, como seres perfeitos,
Pára, e acompanha com o olhar, o baloiçar
Dos cabelos ondulados de uma menina,
Toca-lhes com o coração, com a alma,
Um dia também foi assim, menina,
Menina de olhos cintilantes, e mil sonhos,
Ficaram perdidos, já não se lembra,
Hoje tapados pela poeira, perderam o brilho,
Caminha sobre o rasto de um perfume,
Deixado por alguém que ainda não conhece,
Habita outro mundo, outra vida,
Permanece ali, hoje, porque amanhã,
Amanhã, não sabe onde estará,
Não sabe, se amanhã viverá...
Para beber a água, sacudir a poeira,
E voltar a sonhar, a ser menina,
De cabelos ondulados, olhos cintilantes,
E tantos sonhos por viver ...
Amanhã, não sabe ...
Se voltará a sonhar ...

1 comentário:

O QUATORZE disse...

Boa Noite
A Nascente da felicidade nunca secará e o sonho sempre existirá
Amizade
Luis

Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...