sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Talvez amanhã...

O dia despertou tímido, silencioso,
Anunciando mais um acto de tragédia,
No palco abriram-se as longas cortinas,
Já gastas de uma peça de teatro, ensaiada,
Repetida, imaginada, tantas vezes sonhada,
Mas onde o destino escreveu, não será realizada...
Final de um começo que não existiu,
Aposta desde logo perdida, impossível,
Pulsar de uma história que apenas inicia,
Mil palavras de ilusão, de esperança,
Ingénua continuo a acreditar, a espreitar o sonho,
No meio do medo, tento não tropeçar,
Mesmo assim acabo por cair, por desiludir,
O dia chora, veste-se de negro, o vento norte embala-me,
Sopra ao meu ouvido letras de uma canção,
Música e letra que um dia já me cantou,
Acabo por adormecer numa nuvem de algodão,
Encharcada de sonhos e gotas de água salgada,
Procuro as estrelas, a lua, os meus sonhos,
Não os encontro, o dia agora é noite,
Anoiteceu, uma lágrima deixa cair um pedaço de dor,
Espero, incrédula a minha estrela,
Hoje, distraída com outras estrelas,
Perdeu-se do meu caminho,
Vou procura-la no meio do nada,
Quem sabe amanhã
Amanha talvez nos voltaremos a encontrar...

2 comentários:

O QUATORZE disse...

Boa Noite
Tive uma falha de sinal, não sei se o comentário segui.
O texto está bonito, havia um ditado que dizia «em duas estrelas iguais no Céu existem duas almas gémias na Terra, se tiverem forças e perseverança estas se uniram»
Era mais ou menos isto.
Amizade
luis

lebasi29 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

Porque existo ...

Porque existo ...
Acredito ...