Deixo Abril prisioneira da liberdade
Reclusa de mim mesma, dos meus medos,
Perplexa pelo ser humano que me assalta
Desiludida por ser parte de um mundo, onde da
Humanidade desumanizada resta pouco ou nada,
Sobram restos de um povo escravo da amargurada vida,
Ensinam-se as regras que rasteiraram seus semelhantes
Existe um abismo entre quem vive e quem sobrevive
O amanhecer é feito de contradições e controversos despertares
Usam-se pessoas como se usam trapos de estação em estação
Conforme a montra onde a moda se exibe e passa
O ser humano é catalogado, impresso, seleccionado e marcado,
A vida é jogada impunemente na roleta russa
E o vencedor é sempre o mesmo...
Pesa-me nos ombros a culpa de ser diferente...
Carrego no peito um grito mudo do meu silencio
Exorcizo as sombras que ofuscam o meu caminho
Mas o traço da minha mão não se curva
Segue a direcção errada
Ruma seguindo o instinto que lhe é fiel errante ...
É urgente um Abril pintado de Luz ...
sábado, 25 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Afectos Circulares...
Estranha criatura divina
Vindimando bagos de emoções
Colheita abundante de extremos que se tocam
Na palma da mão de estranhos demasiado iguais
Num tempo que teima em ser circularmente errante
Impaciente por mais uma volta de culpas ás cegas
O carrocel viciado toma as rédeas da vida
Mágoa com que me deixo dominar
Desfaz-se na areia a última onda do teu gesto
Começo condenado a não começar
Cada sonho morreu no meu espírito
Tenho na minha mão o teu toque
Sabes a minha cor
De cada vez que o tempo nos encontra
Entrelaçada a mim vive a tua sombra
Adivinhas -me em cada olhar
Salteador da minha paixão
Fico á espreita da minha estrela
Que perdi faz tempo no mar
As palavras são pormenores de mim
Correm nas minhas veias notas musicais
Desenhadas nos gestos do meu corpo
Abraça-me a brisa vestida de primavera
Com a sombra de um inverno
Onde a minha alma ficou fechada
Voaram das minhas mãos
Os poemas deixados á tua porta
Levou-os um beija-flor pintado de arco-iris
Amanhece á tua janela para te acordar
Um dia deixa-o entrar...
E sorri ...
Deixa-o sonhar...
Vindimando bagos de emoções
Colheita abundante de extremos que se tocam
Na palma da mão de estranhos demasiado iguais
Num tempo que teima em ser circularmente errante
Impaciente por mais uma volta de culpas ás cegas
O carrocel viciado toma as rédeas da vida
Mágoa com que me deixo dominar
Desfaz-se na areia a última onda do teu gesto
Começo condenado a não começar
Cada sonho morreu no meu espírito
Tenho na minha mão o teu toque
Sabes a minha cor
De cada vez que o tempo nos encontra
Entrelaçada a mim vive a tua sombra
Adivinhas -me em cada olhar
Salteador da minha paixão
Fico á espreita da minha estrela
Que perdi faz tempo no mar
As palavras são pormenores de mim
Correm nas minhas veias notas musicais
Desenhadas nos gestos do meu corpo
Abraça-me a brisa vestida de primavera
Com a sombra de um inverno
Onde a minha alma ficou fechada
Voaram das minhas mãos
Os poemas deixados á tua porta
Levou-os um beija-flor pintado de arco-iris
Amanhece á tua janela para te acordar
Um dia deixa-o entrar...
E sorri ...
Deixa-o sonhar...
terça-feira, 14 de abril de 2009
O Meu Regato ...
Tenho um regato na pele
Sinto-me chegar e ajoelhar-me
A água transparente acaricia-me os joelhos
As mãos percorrem as pedras disformes
Os pézitos saltitam para dentro do pequeno lago
Cheiram a sabão azul as roupas penduradas
Oiço-te chamar por mim ...
Os raios de sol dourados
Iluminam o meu olhar feito de sonhos
O calor deixa-me em pulgas para saltar pra água
O perfume das amoras silvestres
Dança com a brisa á minha volta
Passa ali tão perto da minha casa ...
Onde fui menina pintada de estrela ...
Ameixa, cor de ameixa ...
Pintura de mulher no meu olhar
Visitei o regato com a lua
Levou-me um sonho ...
Nem percebi que era a minha aldeia ...
As tuas mãos molhadas e frias
Agarram-me com força ...
Não quero sair dali ...
Estou no meu lugar...
Feito de ti, de água transparente, do teu sorriso,
Do aroma dos frutos silvestres ...
Faço ondas na calma e serena corrente de água ...
Salpicos atrevidos regam-me os malmequeres
Com que me pintaste o vestido...
Viste o meu coração sorrir?
Sinto-me chegar e ajoelhar-me
A água transparente acaricia-me os joelhos
As mãos percorrem as pedras disformes
Os pézitos saltitam para dentro do pequeno lago
Cheiram a sabão azul as roupas penduradas
Oiço-te chamar por mim ...
Os raios de sol dourados
Iluminam o meu olhar feito de sonhos
O calor deixa-me em pulgas para saltar pra água
O perfume das amoras silvestres
Dança com a brisa á minha volta
Passa ali tão perto da minha casa ...
Onde fui menina pintada de estrela ...
Ameixa, cor de ameixa ...
Pintura de mulher no meu olhar
Visitei o regato com a lua
Levou-me um sonho ...
Nem percebi que era a minha aldeia ...
As tuas mãos molhadas e frias
Agarram-me com força ...
Não quero sair dali ...
Estou no meu lugar...
Feito de ti, de água transparente, do teu sorriso,
Do aroma dos frutos silvestres ...
Faço ondas na calma e serena corrente de água ...
Salpicos atrevidos regam-me os malmequeres
Com que me pintaste o vestido...
Viste o meu coração sorrir?
sábado, 11 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Um Pouco Apenas...
Despida de ti
Invade-me a loucura
Tentativa vã de te perceber meu
Nos lábios o grito silencioso da paixão...
Tocam-se ali mesmo ...
Enquanto saciam o desejo de amar...
Jorram lágrimas de sangue no meu peito...
Eclipse dos nossos corpos onde se confundem duas almas
Fica no ar a brisa intensamente perfumada
Pelos primeiros pingos na terra árida de solidão ...
Toca nas minhas mãos vazias de tudo...
Ruma ao meu olhar pintado de verde ...
Deixa-te ancorar no meu porto feito de afectos,
Amarra as cordas porque o vento sopra noutra direcção,
Ou leva-me para o alto mar ...
Embala-me nas ondas da paixão...
Não me deixes acordar...
Quero apenas ficar ... aqui ou ali ...
Quero ficar um pouco ... apenas um pouco...
Invade-me a loucura
Tentativa vã de te perceber meu
Nos lábios o grito silencioso da paixão...
Tocam-se ali mesmo ...
Enquanto saciam o desejo de amar...
Jorram lágrimas de sangue no meu peito...
Eclipse dos nossos corpos onde se confundem duas almas
Fica no ar a brisa intensamente perfumada
Pelos primeiros pingos na terra árida de solidão ...
Toca nas minhas mãos vazias de tudo...
Ruma ao meu olhar pintado de verde ...
Deixa-te ancorar no meu porto feito de afectos,
Amarra as cordas porque o vento sopra noutra direcção,
Ou leva-me para o alto mar ...
Embala-me nas ondas da paixão...
Não me deixes acordar...
Quero apenas ficar ... aqui ou ali ...
Quero ficar um pouco ... apenas um pouco...
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Passei por Aqui ...
Finjo que encontro um caminho, uma direcção,
No intervalo de cada palavra um vazio imenso ...
Existem estreitas ruelas onde me vou perdendo,
Embrenhada pelo denso nevoeiro das emoções,
Suspensa pelo voar de mil borboletas azuis ...
Oiço o gemido ferido de uma alma ...
A minha ...
Trapaceio a razão para acreditar na emoção,
Sinto na pele a insanidade da hipocrisia ...
Aprendo cruelmente a julgar-me pelo que me julgam ...
Deixei de acreditar nas pessoas,
Deixei de acreditar em mim ...
Entreguei-me assim como sou ...
Dei de mim tudo o que tenho, escapou-se uma lágrima ...
Sem máscara transparece um sorriso ...
Como se vive se se morre lentamente de tristeza ...
Rascunho de uma história ainda por contar...
Jogo de cartas que não sei jogar...
Poderá nascer no mar um deserto ...
Ainda assim ele será azul ...e eu ...
Sua eterna amante ...
No intervalo de cada palavra um vazio imenso ...
Existem estreitas ruelas onde me vou perdendo,
Embrenhada pelo denso nevoeiro das emoções,
Suspensa pelo voar de mil borboletas azuis ...
Oiço o gemido ferido de uma alma ...
A minha ...
Trapaceio a razão para acreditar na emoção,
Sinto na pele a insanidade da hipocrisia ...
Aprendo cruelmente a julgar-me pelo que me julgam ...
Deixei de acreditar nas pessoas,
Deixei de acreditar em mim ...
Entreguei-me assim como sou ...
Dei de mim tudo o que tenho, escapou-se uma lágrima ...
Sem máscara transparece um sorriso ...
Como se vive se se morre lentamente de tristeza ...
Rascunho de uma história ainda por contar...
Jogo de cartas que não sei jogar...
Poderá nascer no mar um deserto ...
Ainda assim ele será azul ...e eu ...
Sua eterna amante ...
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Azul de Um Anjo...

Enroscadinha num ninho de segredos
Sossegadamente deslizo sobre mim adocicada,
A música é um desejo emaranhado de mistério,
Misto de mulheres que sou a cada momento
Sedente de desejos e sonhos feitos de nuvens ...
Entre um corpo e uma alma fico eu ...
Irrequieto bailado feito de sombras ...
O meu sonho vive para além de mim ...
Deixo-o visitar-me de quando em vez ...
Pincelo o meu corpo de lilázes cetins ...
Onde baloiço a brisa perfumada que me toca,
As estrelas e a lua são a minha plateia,
Iluminam o meu palco feito de areia e conchas,
Tocam-me a alma como se os aplausos
Fossem feitos de carinho e beijos...
Serenou o mar inventado a minha dança,
Feita de um feitiço de amora silvestre
Que menina me lambuzava, só, pelos trilhos
Inventados á pressa para apanhar pirilampos
Que ainda procuro ao adormecer
Sobre a almofada desenhada de memórias...
O mar de lágrimas sabe ao meu beijo...
A lua veste-se na minha alma ...
E empresta-me as cores do arco íris
Para me despir de mim e ser só sonho ...
Tenho um anjo azul que me pega ao colo...
E me dá a mão ...
Espera-me á noite ...
E diz que me ama ...
Sossegadamente deslizo sobre mim adocicada,
A música é um desejo emaranhado de mistério,
Misto de mulheres que sou a cada momento
Sedente de desejos e sonhos feitos de nuvens ...
Entre um corpo e uma alma fico eu ...
Irrequieto bailado feito de sombras ...
O meu sonho vive para além de mim ...
Deixo-o visitar-me de quando em vez ...
Pincelo o meu corpo de lilázes cetins ...
Onde baloiço a brisa perfumada que me toca,
As estrelas e a lua são a minha plateia,
Iluminam o meu palco feito de areia e conchas,
Tocam-me a alma como se os aplausos
Fossem feitos de carinho e beijos...
Serenou o mar inventado a minha dança,
Feita de um feitiço de amora silvestre
Que menina me lambuzava, só, pelos trilhos
Inventados á pressa para apanhar pirilampos
Que ainda procuro ao adormecer
Sobre a almofada desenhada de memórias...
O mar de lágrimas sabe ao meu beijo...
A lua veste-se na minha alma ...
E empresta-me as cores do arco íris
Para me despir de mim e ser só sonho ...
Tenho um anjo azul que me pega ao colo...
E me dá a mão ...
Espera-me á noite ...
E diz que me ama ...
domingo, 29 de março de 2009
Porque ...
Passaram mil momentos desde que partiste ...
Os meus lábios sussurram baixinho o teu nome,
De mansinho aconcheguei-te no meu peito
Para não sentir tanto a saudade ...
Aos meus passos marcados na areia junto os teus,
Sorrio de cada vez que visitas a minha alma ...
Enquanto voas noutra direcção ...
Cuido do nosso jardim como se fosses aparecer...
Longe de mim deixas-me distante
Da fonte onde bebi desejos e sonhos ...
Néctar dos deuses com que me embriaguei...
Nos teus lábios o feitiço da paixão,
Despertar de um sorriso mágico ...
Os meus lábios sussurram baixinho o teu nome,
De mansinho aconcheguei-te no meu peito
Para não sentir tanto a saudade ...
Aos meus passos marcados na areia junto os teus,
Sorrio de cada vez que visitas a minha alma ...
Enquanto voas noutra direcção ...
Cuido do nosso jardim como se fosses aparecer...
Longe de mim deixas-me distante
Da fonte onde bebi desejos e sonhos ...
Néctar dos deuses com que me embriaguei...
Nos teus lábios o feitiço da paixão,
Despertar de um sorriso mágico ...
sexta-feira, 27 de março de 2009
Tão Perto ...
Bate-me á porta e leva-me ...
O grito das marés calou a voz de uma flauta,
Soltei o medo e começo a caminhar na tua direcção ...
Não existem mais razões para continuar esta inútil viagem,
Partirei como sempre, simplesmente sem avisar...
Porque não existe uma morada a quem o fazer...
Desisto da luta que um dia foi nossa e agora ...
Amei demais, amei tanto, amo cada anoitecer ...
Errei cada passo que dei, erro de cada vez que respiro,
Prisioneira da vida libertar-me-eis agora desta agonia imensa,
Tudo parece tanto que me sufoca e esmaga ...
O sol deixou de brilhar pela manhã parece-me a mim,
Antes de partir quero ir ver o mar ...
Um dia alguém me disse caminha sozinha ...
Tentei, juro que tentei ... com tanta vontade ...
Que cheguei a acreditar que conseguia ...
Ilusão, pura ilusão... vertigem alucinada pelo desfecho
Cruel de uma queda fatal e sem volta ...
As minhas personagens a que nunca fui fiel
Serão meus carrascos com as próprias mãos,
Num constante lamento perdi-me de mim ...
Cercam-me as paredes frias e gigantes ...
As mãos geladas e trémulas contam segredos,
Sou tão medíocre ... tão inútil ... tão vazia ...
Não entendi porque estou aqui ... não entendi...
Nunca me perdoarei por existir, por ser quem sou ...
Por fazer o que fiz ... por estar aqui ... por acordar...
Fico por aqui e por ali vagabundeando sem lugar ...
Não pertenço, não mereço pertencer aqui ...
Ou a qualquer outro lugar onde possa ficar...
Sou filha de ninguém, e de ninguém sou mãe ...
Sou um traste vestida de alguma coisa ...
Cada caminho faz-se sem mim ...
Sou de ninguém ... nunca fui de alguém..
Daqui a pouco vou embora ...
Já tarda a minha partida ...
Quero ir perfumada pela primavera ...
Embalar a minha alma na brisa com aroma de jasmim,
Viajar de noite para me despedir da lua...
Deitar-me no colo de uma estrela ...
Para beijar teu rosto todas as noites ...
Até mais logo ...
O grito das marés calou a voz de uma flauta,
Soltei o medo e começo a caminhar na tua direcção ...
Não existem mais razões para continuar esta inútil viagem,
Partirei como sempre, simplesmente sem avisar...
Porque não existe uma morada a quem o fazer...
Desisto da luta que um dia foi nossa e agora ...
Amei demais, amei tanto, amo cada anoitecer ...
Errei cada passo que dei, erro de cada vez que respiro,
Prisioneira da vida libertar-me-eis agora desta agonia imensa,
Tudo parece tanto que me sufoca e esmaga ...
O sol deixou de brilhar pela manhã parece-me a mim,
Antes de partir quero ir ver o mar ...
Um dia alguém me disse caminha sozinha ...
Tentei, juro que tentei ... com tanta vontade ...
Que cheguei a acreditar que conseguia ...
Ilusão, pura ilusão... vertigem alucinada pelo desfecho
Cruel de uma queda fatal e sem volta ...
As minhas personagens a que nunca fui fiel
Serão meus carrascos com as próprias mãos,
Num constante lamento perdi-me de mim ...
Cercam-me as paredes frias e gigantes ...
As mãos geladas e trémulas contam segredos,
Sou tão medíocre ... tão inútil ... tão vazia ...
Não entendi porque estou aqui ... não entendi...
Nunca me perdoarei por existir, por ser quem sou ...
Por fazer o que fiz ... por estar aqui ... por acordar...
Fico por aqui e por ali vagabundeando sem lugar ...
Não pertenço, não mereço pertencer aqui ...
Ou a qualquer outro lugar onde possa ficar...
Sou filha de ninguém, e de ninguém sou mãe ...
Sou um traste vestida de alguma coisa ...
Cada caminho faz-se sem mim ...
Sou de ninguém ... nunca fui de alguém..
Daqui a pouco vou embora ...
Já tarda a minha partida ...
Quero ir perfumada pela primavera ...
Embalar a minha alma na brisa com aroma de jasmim,
Viajar de noite para me despedir da lua...
Deitar-me no colo de uma estrela ...
Para beijar teu rosto todas as noites ...
Até mais logo ...
quinta-feira, 19 de março de 2009
Quero Passar na Tua Rua e Sentir o Aroma do Teu Perfume...
Perfumada pelo aroma que senti aqui ...
Ao passar na tua rua ...
Perfumas a minha alma de ti ...
De cada vez que as letras feitas de pétalas,
São palavras desenhadas na minha rua ...
Reinvento-me em cada quarto de lua ...
Tenho um sol guardado dentro de mim,
Sou bailarina feita de brisa e ventania ...
Das cores do arco íris tenho os tons do mar,
Girassol vestido de verde planície,
Num vasto oceano de amarelo...
Bebo o néctar da fonte dos mistérios ...
Segredo que escondo no denso nevoeiro,
Imagens que guardei numa ilha feita de estrelas,
Letras soltas de um quadro, esconderijo de mim ...
Linda, a minha lua vestida de prata seduz-me...
Enquanto Deimos e Fobos iluminam Marte,
Estrela do mar nas ondas do meu cabelo ...
Lua cheia onde despertei sussurrando á paixão...
Pétalas de rosas sobre a minha cama ...
Ao passar na tua rua ...
quarta-feira, 18 de março de 2009
Deixei de Te Sentir...
Tentei fugir de mim ...
Não consegui, deixei de te ter ...
Fingir que não te vi para não doer...
Tocas-me tão fundo mesmo distante,
Não te aproximas porque não te percebo,
Tombo de cada vez que o acaso nos encontra ...
Divagando pela rua mil desejos que me apaziguam ...
Mas não sou mágica e tudo se revela ali mesmo ...
Se mi-palavras incompletas e sem nexo sucumbem ao vento,
Existe um oceano pintado de mágoa e dor que nos separa,
Enquanto existir-mos serei eu o anoitecer e tu o amanhecer ...
Voas com mil asas de luz que iluminam cada despertar ...
Vivo nas palavras de ninguém escritas a cinzento profundo,
Depois, depois será que a vida espera ...
Ou vai embora sem avisar ...
Sempre que partires, levas um pouco de mim ...
Deixei de te sentir a distância acabou por fazer de nós
Desconhecidas ...
A cumplicidade sucumbiu nas masmorras do perdão ...
Estarei sempre aqui ...
Mesmo que a vida nos separe para sempre ...
A nossa viagem terminou num apeadeiro antes do fim ...
Levaste contigo metade de mim...
Não consegui, deixei de te ter ...
Fingir que não te vi para não doer...
Tocas-me tão fundo mesmo distante,
Não te aproximas porque não te percebo,
Tombo de cada vez que o acaso nos encontra ...
Divagando pela rua mil desejos que me apaziguam ...
Mas não sou mágica e tudo se revela ali mesmo ...
Se mi-palavras incompletas e sem nexo sucumbem ao vento,
Existe um oceano pintado de mágoa e dor que nos separa,
Enquanto existir-mos serei eu o anoitecer e tu o amanhecer ...
Voas com mil asas de luz que iluminam cada despertar ...
Vivo nas palavras de ninguém escritas a cinzento profundo,
Depois, depois será que a vida espera ...
Ou vai embora sem avisar ...
Sempre que partires, levas um pouco de mim ...
Deixei de te sentir a distância acabou por fazer de nós
Desconhecidas ...
A cumplicidade sucumbiu nas masmorras do perdão ...
Estarei sempre aqui ...
Mesmo que a vida nos separe para sempre ...
A nossa viagem terminou num apeadeiro antes do fim ...
Levaste contigo metade de mim...
terça-feira, 17 de março de 2009
Desencontro...
Amarra-me a ti,
Prende nas tuas as minhas mãos,
Soluça o meu coração lágrimas ao anoitecer,
Confusa chamo-te em silêncio para não acordar a noite,
Ancorei entre lençóis vestidos por um corpo náufrago,
Onde o mar revolto embate bruscamente ...
Rolando numa euforia demente ...
Defronta-se com os seus pesadelos,
Levitando sobre o mar de lençóis lilazes,
A pele húmida transpira o medo que esconde,
O vento norte levou-me o sono ...
Esqueci como se adormece perto de ti,
Agudizam as sombras e as vozes,
Com uma pena desperta o meu olhar,
Correm mil cavalos dentro do meu peito,
Sinto-te algures perto de mim ...
Procuro-te angustiada ...
Porque não me encontras ...
Prende nas tuas as minhas mãos,
Soluça o meu coração lágrimas ao anoitecer,
Confusa chamo-te em silêncio para não acordar a noite,
Ancorei entre lençóis vestidos por um corpo náufrago,
Onde o mar revolto embate bruscamente ...
Rolando numa euforia demente ...
Defronta-se com os seus pesadelos,
Levitando sobre o mar de lençóis lilazes,
A pele húmida transpira o medo que esconde,
O vento norte levou-me o sono ...
Esqueci como se adormece perto de ti,
Agudizam as sombras e as vozes,
Com uma pena desperta o meu olhar,
Correm mil cavalos dentro do meu peito,
Sinto-te algures perto de mim ...
Procuro-te angustiada ...
Porque não me encontras ...
segunda-feira, 16 de março de 2009
Sem Nome ...
Quase sem ser, perto de acabar,
Restam-me as letras, as imagens, os sons,
Sobra-me o amor que não aprendi a dar,
Sossega-me a noite amena e frágil,
Quietude que anseio em delírio,
Existem tempos e momentos ...
Cruzam-se por breves instantes ...
Despedida finitamente adiada ...
Usei definições e explicações,
Para perceber sem nunca entender,
Exausta de não fazer sentido,
Controversa forma de insistir,
Questiono o meu sentir inverso,
Feito de contrários opostos ...
Sobrevivo ás emoções no seu limite...
Amo tão intensamente que flameja,
Odeio tão irracionalmente que fere,
A salvo de mais um dia ...
Carrocel que não pára para me ouvir,
Escorrego encostada á minha sombra,
Enrolo-me a mim com medo de me perder,
Sou a minha concha onde me escondo...
Bebo em cada lágrima uma hora de vida,
Aguardo o impulso final ...
Para não me refazer ...
Creio que existe um tempo, um lugar,
Que não este labirinto onde mendigo afectos...
Onde os meus olhos pintados de verde,
Já á muito tempo se perderam ...
A cor a que chamam vida
Ficou pálida e sem vontade,
Resta-me esperar a força de amanhã
Ainda com vestígios do cansaço da noite ...
Onde as memórias se fundem em pensamentos,
Ludibriados para não serem verdades
Ao amanhecer ...
Direi até amanhã, hoje ...
Porque hoje não sei se amanhã o direi ...
Restam-me as letras, as imagens, os sons,
Sobra-me o amor que não aprendi a dar,
Sossega-me a noite amena e frágil,
Quietude que anseio em delírio,
Existem tempos e momentos ...
Cruzam-se por breves instantes ...
Despedida finitamente adiada ...
Usei definições e explicações,
Para perceber sem nunca entender,
Exausta de não fazer sentido,
Controversa forma de insistir,
Questiono o meu sentir inverso,
Feito de contrários opostos ...
Sobrevivo ás emoções no seu limite...
Amo tão intensamente que flameja,
Odeio tão irracionalmente que fere,
A salvo de mais um dia ...
Carrocel que não pára para me ouvir,
Escorrego encostada á minha sombra,
Enrolo-me a mim com medo de me perder,
Sou a minha concha onde me escondo...
Bebo em cada lágrima uma hora de vida,
Aguardo o impulso final ...
Para não me refazer ...
Creio que existe um tempo, um lugar,
Que não este labirinto onde mendigo afectos...
Onde os meus olhos pintados de verde,
Já á muito tempo se perderam ...
A cor a que chamam vida
Ficou pálida e sem vontade,
Resta-me esperar a força de amanhã
Ainda com vestígios do cansaço da noite ...
Onde as memórias se fundem em pensamentos,
Ludibriados para não serem verdades
Ao amanhecer ...
Direi até amanhã, hoje ...
Porque hoje não sei se amanhã o direi ...
domingo, 15 de março de 2009
Sem Ser ...
A saudade é minha cárcere
Lenta e aguda cravou no meu peito
Uma lança que jorra de sangue
Sobre cada passo com que caminho
Não deixa espaço para perdoar
Ausência que me aniquila e desfaz em trapos
Pedaços de mim que já não consigo juntar
Reboliço de emoções que fazem eclodir
Mil sentimentos que não sei entender
Porquê, porquê, porquê,
Porquê, que não entendo ...
Destroços de mim que não consigo encontrar
Morro assim sem coragem ...
Sem suicidio sem viver sem nada...
Não sou porque não significo...
Meu nome foi inventado
Aqui jazo sem lugar
Sem passado sem sonho sem ser
O mar não é meu amante...
A Lua não é minha confidente
O céu não tem a minha cor
As estrelas não iluminam o meu caminho
E eu ...
Eu, eu não sou grão de areia...
Porque o mar não me quer beijar
A lua deixou-me entre nuvens carregadas,
O céu fechou-se para mim
As estrelas recuam quando lhes aceno,
Overdose de uma melodia que achei ...
Respiro-a para sobreviver ...
Aprendi o sabor da saudade ...
Em cada lágrima, em cada nódoa negra
Que marca meu corpo e minha alma...
Em cada sorriso que continuo a desenhar
Sem a arte de ser actriz ...
Continuo a caminhar só ...
Numa viagem de solidão ...
Visitada por anjos ...
De mil mundos com mil sonhos
Que perfumam a minha vereda
Com girassóis pintados de arco íris....
Lenta e aguda cravou no meu peito
Uma lança que jorra de sangue
Sobre cada passo com que caminho
Não deixa espaço para perdoar
Ausência que me aniquila e desfaz em trapos
Pedaços de mim que já não consigo juntar
Reboliço de emoções que fazem eclodir
Mil sentimentos que não sei entender
Porquê, porquê, porquê,
Porquê, que não entendo ...
Destroços de mim que não consigo encontrar
Morro assim sem coragem ...
Sem suicidio sem viver sem nada...
Não sou porque não significo...
Meu nome foi inventado
Aqui jazo sem lugar
Sem passado sem sonho sem ser
O mar não é meu amante...
A Lua não é minha confidente
O céu não tem a minha cor
As estrelas não iluminam o meu caminho
E eu ...
Eu, eu não sou grão de areia...
Porque o mar não me quer beijar
A lua deixou-me entre nuvens carregadas,
O céu fechou-se para mim
As estrelas recuam quando lhes aceno,
Overdose de uma melodia que achei ...
Respiro-a para sobreviver ...
Aprendi o sabor da saudade ...
Em cada lágrima, em cada nódoa negra
Que marca meu corpo e minha alma...
Em cada sorriso que continuo a desenhar
Sem a arte de ser actriz ...
Continuo a caminhar só ...
Numa viagem de solidão ...
Visitada por anjos ...
De mil mundos com mil sonhos
Que perfumam a minha vereda
Com girassóis pintados de arco íris....
sábado, 14 de março de 2009
Limite...
Hoje o céu não tem estrelas,
A minha alma fez-se de corpo,
Sem a lua vigilante anoiteceu,
O corpo vestiu-se de morte,
Rasgou-se o céu de mágoa,
Correram lágrimas de sangue,
Dos olhos de um anjo ...
O vento cortou o mar,
O silêncio calou a vida ...
A minha alma fez-se de corpo,
Sem a lua vigilante anoiteceu,
O corpo vestiu-se de morte,
Rasgou-se o céu de mágoa,
Correram lágrimas de sangue,
Dos olhos de um anjo ...
O vento cortou o mar,
O silêncio calou a vida ...
quarta-feira, 11 de março de 2009
Suspiro de Luz...
A dois palmos de ti cheia de lua,
Toca-me a brisa com o aroma do desejo,
Desperta-me a luz que perdi vai já tanto tempo,
Que havia esquecido como é sentir...
Deixas-me ser maior, percebes os meus silêncios,
Invades num segundo o meu escuro ...
Embates contra a minha tristeza ...
Deixas-me assim ... feliz ...
Sem sentido oiço as tuas palavras,
Que não entendo e não quero perder...
Anjo azul que pinta de arco íris o meu dia ...
Jeito de menino que sem perceber e sem querer
Tocou minha aura como uma estrela ...
Breve será o nosso tempo ...
Deixa que seja assim, tão louco ...
Intenso, cheio de paixão e desejo ...
Imenso o beijo que trocamos ...
Impossível esquecer o teu olhar,
Que me seduz inquieta minha alma ...
Docemente deixas os teus passos no meu mar...
Meigo e doce atrás de uma máscara
Que sabes não poder entender...
Deixo-te entrar no denso nevoeiro que é ser meu,
O teu rumo deixou-te ancorar no meu peito...
Deixo que o vento te leve para longe de mim,
Voa sem medo pelo teu mundo ...
Dás-me tanto sem palavras ...
Fico perdida nos nossos silêncios,
Leva-me a passear nas tuas asas...
Para sempre ...
Anjo Azul ...
Deixa o teu sorriso desenhado nos meus lábios ...
Ise, Ise sussurras-me enquanto te amo ...
E a lua cai para enfeitiçar a noite ...
Enquanto outros Anjos de cor chamam por ti ...
Porque a solidão é minha amante,
E o nosso caminho não se encontrou por acaso ...
Chegaste no tempo certo...
Ao meu pequeno mundo ...
Breves instantes que são mágicos,
Aroma de primavera no meu perfume...
Na minha pele o teu toque seduz-me...
Espero-te aqui ...
Toca-me a brisa com o aroma do desejo,
Desperta-me a luz que perdi vai já tanto tempo,
Que havia esquecido como é sentir...
Deixas-me ser maior, percebes os meus silêncios,
Invades num segundo o meu escuro ...
Embates contra a minha tristeza ...
Deixas-me assim ... feliz ...
Sem sentido oiço as tuas palavras,
Que não entendo e não quero perder...
Anjo azul que pinta de arco íris o meu dia ...
Jeito de menino que sem perceber e sem querer
Tocou minha aura como uma estrela ...
Breve será o nosso tempo ...
Deixa que seja assim, tão louco ...
Intenso, cheio de paixão e desejo ...
Imenso o beijo que trocamos ...
Impossível esquecer o teu olhar,
Que me seduz inquieta minha alma ...
Docemente deixas os teus passos no meu mar...
Meigo e doce atrás de uma máscara
Que sabes não poder entender...
Deixo-te entrar no denso nevoeiro que é ser meu,
O teu rumo deixou-te ancorar no meu peito...
Deixo que o vento te leve para longe de mim,
Voa sem medo pelo teu mundo ...
Dás-me tanto sem palavras ...
Fico perdida nos nossos silêncios,
Leva-me a passear nas tuas asas...
Para sempre ...
Anjo Azul ...
Deixa o teu sorriso desenhado nos meus lábios ...
Ise, Ise sussurras-me enquanto te amo ...
E a lua cai para enfeitiçar a noite ...
Enquanto outros Anjos de cor chamam por ti ...
Porque a solidão é minha amante,
E o nosso caminho não se encontrou por acaso ...
Chegaste no tempo certo...
Ao meu pequeno mundo ...
Breves instantes que são mágicos,
Aroma de primavera no meu perfume...
Na minha pele o teu toque seduz-me...
Espero-te aqui ...
domingo, 8 de março de 2009
Fantasia ...
Toca-me com um sopro como o vento,
Acetinado desliza na minha pele, seduz-me...
Aguarela pintada de inocência e melancolia,
Frágil recolhe á aldeia perfumada de acácias,
Envolvente e estranho não me importa ...
Escreve na minha pele emoções que experimento,
Ficou um pouco de mim em cada momento,
Percebo agora que nunca existi para ti ...
Vou arder de paixão sem culpa, sem medo...
Olhar outra direcção ser outro coração...
Nunca me arrependerei de amar assim ...
A verdade é um estranho que não conheço,
Secou a minha alma com lágrimas de espera,
Vivi cada marca que deixaste sem nunca saber,
Tatuaste a minha alma com um beijo ...
Olho no espelho o meu erro ... eu ...
Não importa o que escreves sobre o amor, a vida ...
Acredito nesta loucura divina a que chamam amor...
Quero viver alucinada, viciada neste soro mágico,
Inspiração da sensualidade de Vénus ...
Bênção da lua prateada amando o mar azul ...
Folha de papel onde as letras se compõem numa pauta
Vou vestir-me de prata e dançar, dançar ...
Imitar as ondas do mar e perder-me na intimidade,
Embriagar-me com o serenar da noite ...
Dizer amo-te de paixão na melodia de um piano,
Vem comigo inventar um amor assim ...
Infinito, estranhamente igual a tantos outros ...
Mas único meu e teu ...
Onde o limite seja a eternidade da palavra ...
Amor feito de duas almas gémeas ...
Selado por um Beijo ...
Acetinado desliza na minha pele, seduz-me...
Aguarela pintada de inocência e melancolia,
Frágil recolhe á aldeia perfumada de acácias,
Envolvente e estranho não me importa ...
Escreve na minha pele emoções que experimento,
Ficou um pouco de mim em cada momento,
Percebo agora que nunca existi para ti ...
Vou arder de paixão sem culpa, sem medo...
Olhar outra direcção ser outro coração...
Nunca me arrependerei de amar assim ...
A verdade é um estranho que não conheço,
Secou a minha alma com lágrimas de espera,
Vivi cada marca que deixaste sem nunca saber,
Tatuaste a minha alma com um beijo ...
Olho no espelho o meu erro ... eu ...
Não importa o que escreves sobre o amor, a vida ...
Acredito nesta loucura divina a que chamam amor...
Quero viver alucinada, viciada neste soro mágico,
Inspiração da sensualidade de Vénus ...
Bênção da lua prateada amando o mar azul ...
Folha de papel onde as letras se compõem numa pauta
Vou vestir-me de prata e dançar, dançar ...
Imitar as ondas do mar e perder-me na intimidade,
Embriagar-me com o serenar da noite ...
Dizer amo-te de paixão na melodia de um piano,
Vem comigo inventar um amor assim ...
Infinito, estranhamente igual a tantos outros ...
Mas único meu e teu ...
Onde o limite seja a eternidade da palavra ...
Amor feito de duas almas gémeas ...
Selado por um Beijo ...
sexta-feira, 6 de março de 2009
Sementes em Migalhas!
Nascer de mim mulher que sou
Rompendo o meu corpo de dor expulso-me,
Oiço-me gemer enquanto alguém me acolhe sorrindo,
Nua sinto o teu cheiro, o teu calor, a tua voz, reconheço-te,
Imensa a dor desaparece ... sou eu menina ...
Dou-te o meu peito doce e morno que serenou meu choro,
Agarro-te porque continuas dentro de mim ...
Assusta-me desde que me ouvi respirar porque
O mundo é meu e eu sou do mundo e tu ...
Tu ... não és de mais ninguém, minha semente,
Embrião que senti crescer dentro de mim
Meu milagre é assim ... tão doce e meigo,
Com olhar brilhante e ondas do mar no cabelo,
Das luas que nos viram chorar juntas ...
Guardaste a magia de tocar o céu com o coração,
De cada despertar sem que o sono se deitasse na almofada,
Trouxeste duas estrelas para iluminar o amanhecer,
O pardalito que espreitava na nossa janela e chamava por ti,
Voava para longe para te ensinar que um dia partirias,
Aprendeste que uma sementinha pode crescer tanto,
Se debicar cada migalha que um dia as suas asas,
Não cabem nesta gaiola de portas entreabertas,
Cintilam ainda na cor dos teus olhos ... menina ...
As cores do arco íris que esperaste na primavera,
Voas agora nas asas dos teus sonhos...
Da minha janela observo o teu planar
Desenhas no céu o teu sorriso ...
Choro agora com a lua que por nós não dormia ...
Levaste as estrelas com que juntas amanhecíamos,
O pardalito não voltou á minha janela,
Voa agora a teu lado orgulhoso de ti ...
A menina cresceu ... ficou mulher...
Mulher que de novo haverá de nascer ...
Rompendo o seu corpo há-de expulsar-se,
Ouvir-se gemer e sorrindo esquecer a dor...
Porque dentro de si crescera agora ...
Embrião...
Milagre ...
Mulher...
Rompendo o meu corpo de dor expulso-me,
Oiço-me gemer enquanto alguém me acolhe sorrindo,
Nua sinto o teu cheiro, o teu calor, a tua voz, reconheço-te,
Imensa a dor desaparece ... sou eu menina ...
Dou-te o meu peito doce e morno que serenou meu choro,
Agarro-te porque continuas dentro de mim ...
Assusta-me desde que me ouvi respirar porque
O mundo é meu e eu sou do mundo e tu ...
Tu ... não és de mais ninguém, minha semente,
Embrião que senti crescer dentro de mim
Meu milagre é assim ... tão doce e meigo,
Com olhar brilhante e ondas do mar no cabelo,
Das luas que nos viram chorar juntas ...
Guardaste a magia de tocar o céu com o coração,
De cada despertar sem que o sono se deitasse na almofada,
Trouxeste duas estrelas para iluminar o amanhecer,
O pardalito que espreitava na nossa janela e chamava por ti,
Voava para longe para te ensinar que um dia partirias,
Aprendeste que uma sementinha pode crescer tanto,
Se debicar cada migalha que um dia as suas asas,
Não cabem nesta gaiola de portas entreabertas,
Cintilam ainda na cor dos teus olhos ... menina ...
As cores do arco íris que esperaste na primavera,
Voas agora nas asas dos teus sonhos...
Da minha janela observo o teu planar
Desenhas no céu o teu sorriso ...
Choro agora com a lua que por nós não dormia ...
Levaste as estrelas com que juntas amanhecíamos,
O pardalito não voltou á minha janela,
Voa agora a teu lado orgulhoso de ti ...
A menina cresceu ... ficou mulher...
Mulher que de novo haverá de nascer ...
Rompendo o seu corpo há-de expulsar-se,
Ouvir-se gemer e sorrindo esquecer a dor...
Porque dentro de si crescera agora ...
Embrião...
Milagre ...
Mulher...
quinta-feira, 5 de março de 2009
Foi Assim...Um Dia...
Cristal feita de cristal ...
Um toque uma palavra um olhar e quebro,
Desfeita em cacos que ficam espalhados pelo chão,
Piso um a um lentamente, e os pequenos golpes da vida,
Ferem cada vez mais fundo a minha alma pequena,
Chora lágrimas de sangue e veste de lilás o meu rosto...
Desenhada nas entrelinhas das minhas mãos sinto a tua vida,
Cortadas pela navalha que um dia me há-de separar de ti,
Divididas entre a angústia de viver e morrer,
Tudo perece tão de repente e fica para trás,
Fere-me a alma não te ter a ti e ao teu amor,
Deambulando no meio da encruzilhada,
Encontro-me comigo, com os meus demónios,
Com o erro que se reflecte em mim e faz de mim isto,
Procuro-me na forma das letras onde oiço o refrão dos anjos,
Distante dos números que me rodeiam e sufocam,
Tão longe de tudo e tão perto de quase nada,
É isto que eu sou ... um vazio imenso ... infinito...
Onde navegam á deriva mil luas vestidas de quatro mares,
E um faroleiro morreu abraçado á fé de voltar a ver o mar,
Tanto tempo sem que o tempo ínfimo desperte para o fim,
Prende-me com fios de seda que temo partir,
Baloiço de um beija-flor que sobrevoa a ilha onde moro,
Eterno retorno onde paro para ficar ...
Um toque uma palavra um olhar e quebro,
Desfeita em cacos que ficam espalhados pelo chão,
Piso um a um lentamente, e os pequenos golpes da vida,
Ferem cada vez mais fundo a minha alma pequena,
Chora lágrimas de sangue e veste de lilás o meu rosto...
Desenhada nas entrelinhas das minhas mãos sinto a tua vida,
Cortadas pela navalha que um dia me há-de separar de ti,
Divididas entre a angústia de viver e morrer,
Tudo perece tão de repente e fica para trás,
Fere-me a alma não te ter a ti e ao teu amor,
Deambulando no meio da encruzilhada,
Encontro-me comigo, com os meus demónios,
Com o erro que se reflecte em mim e faz de mim isto,
Procuro-me na forma das letras onde oiço o refrão dos anjos,
Distante dos números que me rodeiam e sufocam,
Tão longe de tudo e tão perto de quase nada,
É isto que eu sou ... um vazio imenso ... infinito...
Onde navegam á deriva mil luas vestidas de quatro mares,
E um faroleiro morreu abraçado á fé de voltar a ver o mar,
Tanto tempo sem que o tempo ínfimo desperte para o fim,
Prende-me com fios de seda que temo partir,
Baloiço de um beija-flor que sobrevoa a ilha onde moro,
Eterno retorno onde paro para ficar ...
segunda-feira, 2 de março de 2009
Pinta a Tua Vida Cor dos Teus Sonhos...
Existe um murmúrio no meu peito,
Desalinhado e trôpego inquieta-me a alma,
Instinto que o silêncio deixa despertar em mim,
Num demoníaco rodopio cercam-me desesperados,
Os vultos de quem deixei morrer sem os acompanhar,
Aqui estou eu, enquanto desfaleço bem no fundo de mim,
Escavei aos poucos a sepultura onde jazem agora os meus sonhos,
Assisto assim á luta onde um dia rastejei me debati e me levantei,
Arrancada das amarras que me sufocavam, pelas mãos de um anjo,
Segui o rumo de uma estrela cadente que rasgou dentro de mim o mar,
Para tentar desbravar este caminho pintado de solidão,
Impotente e miserável peço perdão por existir,
Por não poder salvar o nosso amor do fim,
Não sei voar sem as tuas asas de condor,
Agora distantes enfeitam o céu com a tua cor,
Percorrem o mundo com o sorriso cor dos teus sonhos,
Pincela da cor dos teus sonhos a vida ...
E pinta a tua vida cor dos teus sonhos!
Desalinhado e trôpego inquieta-me a alma,
Instinto que o silêncio deixa despertar em mim,
Num demoníaco rodopio cercam-me desesperados,
Os vultos de quem deixei morrer sem os acompanhar,
Aqui estou eu, enquanto desfaleço bem no fundo de mim,
Escavei aos poucos a sepultura onde jazem agora os meus sonhos,
Assisto assim á luta onde um dia rastejei me debati e me levantei,
Arrancada das amarras que me sufocavam, pelas mãos de um anjo,
Segui o rumo de uma estrela cadente que rasgou dentro de mim o mar,
Para tentar desbravar este caminho pintado de solidão,
Impotente e miserável peço perdão por existir,
Por não poder salvar o nosso amor do fim,
Não sei voar sem as tuas asas de condor,
Agora distantes enfeitam o céu com a tua cor,
Percorrem o mundo com o sorriso cor dos teus sonhos,
Pincela da cor dos teus sonhos a vida ...
E pinta a tua vida cor dos teus sonhos!
Eu Sei ...Bem no Fundo de Mim ...
Eu Sei ...
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